Capivaras não serão removidas do Zerão, confirma Prefeitura; Área será cercada

Em Mogi Mirim, as capivaras não serão removidas do conhecido Zerão, o Complexo Esportivo José Geraldo Franco Ortiz, o Lavapés. A informação foi confirmada pelo secretário de meio ambiente, Oberdan Quaglio e pela secretária de saúde, Clara Carvalho.

Desde a confirmação de uma morte por febre maculosa, em outubro, e mais óbitos  suspeitos (em novembro e dezembro), há um apelo popular - por meio das redes sociais - para que a Prefeitura faça a retirada das capivaras do Zerão, animais que são os principais hospedeiros do carrapato-estrela, que se contaminado transmite a doença.

Mas, em reunião realizada na Câmara Municipal, no final da tarde da última segunda-feira (6), o secretário de meio ambiente disse que a remoção das capivaras demanda ações burocráticas e demoradas. "Tem toda uma legislação específica que tem que ser cumprida e se a gente ver a necessidade de fazer o manejo para a outra área, é um processo que demanda tempo e um trabalho que se executará ao longo de dois ou três anos, não é curtíssimo em prazo, como pede a demanda a popular", explicou.

A secretária de saúde complementou que não adianta tirar os animais porque os carrapatos vão continuar na área verde, pois eles estão em todo lugar, não só no Zerão e, além disso, segundo ela, existem outros hospedeiros como: cavalo e cachorro.

"A capivara não é a nossa inimiga. Ela é portadora de carrapato, mas tem vários animais que também são. Se a gente não tomar cuidado, vai ter gente matando capivara a tiro ou colocando veneno", disse Clara.

"Tirar as capivaras ou não tirá-las, vai continuar a mesma coisa porque o carrapato, ele vive no chão", acrescentou ela.

Segundo Quaglio, a alternativa encontrava, por enquanto, é fazer o cercamento do Lavapés (conforme já divulgado pelo Portal da Cidade - LEIA MAIS: Em nota, Prefeitura diz que instalará alambrados no zerão para evitar capivaras)

O objetivo é cercar o local, impedindo que as capivaras não circulem no mesmo espaço que as pessoas, com a finalidade de diminuir os carrapatos-estrela.

"É possível fazer o controle físico para que os animais não adentrarem na área aonde o pessoal está e, com o tempo, reduzir os carrapatos. Não vai acabar porque eles são encontrados em todas as regiões da cidade, mas diminui o problema no caso do zerão", espera o secretário de meio ambiente.

O cercamento é uma medida que está em negociação com a ACIMM (Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim) já que a entidade possui um projeto urbanístico paisagístico para toda a área do Zerão.

Ele reforçou a intenção de instalar placas de informações e orientações sobre a febre maculosa, alertando que o Lavapés é uma área de risco de contaminação da doença. Nesse caso, o objetivo é conscientizar as pessoas.

Nesse contexto, a secretária de saúde também disse que as pessoas estão sendo orientadas pelas agentes comunitárias de saúde, casa a casa, para que, caso tenham sintomas iniciais de febre, que procurem o médico e informem se foram picadas por carrapato. Ela afirmou que, se o profissional for comunicado, a febre maculosa pode ser tratada e não levar à morte.

"O carrapato no seu corpo, por três ou quatro horas, ele não transmite doença nenhuma. A conduta é tirá-lo, com cuidado,  e nada acontecerá, provavelmente. Mas ao sinal do primeiro sintoma, tem que procurar o médico", informou.

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