Crises de convulsões acompanhadas por comportamentos autolesivos como arrancar os dentes - com intenção de morrer - e alucinações auditivas.
Essa é a conduta de um adolescente de 14 anos que mora com a família nas Chácaras Ypê, zona leste de Mogi Mirim.
Adotado pela tia desde os dois anos de idade, a saúde mental do garoto tem se agravado ao longo dos anos, gerando preocupação dos familiares. "A situação se agrava com o envolvimento com álcool, tabaco e possíveis drogas ilícitas, levando a todos a temerem pela segurança dele e dos outros", contaram familiares à reportagem.
Por medo do que pode acontecer, eles acionaram o Conselho Tutelar para conseguirem intensificar o atendimento psiquiátrico do adolescente. Embora ele receba atendimento há bastante, desde os nove anos, no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), segundo familiares, as crises têm se intensificado, com episódios violentos recentes, resultando em agressões a diversas pessoas, inclusive vizinhos.
Apesar dos esforços médicos e da intervenção do CAPS, a situação não foi controlada.
O Portal da Cidade de Mogi Mirim questionou a Secretaria de Saúde sobre o caso. Segundo nota enviada, o adolescente tem recebido auxílio psicológico e médico do CAPS II, sendo levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) durante as crises. "No entanto, devido à sua condição de menor, não pode ser internado sem uma ordem judicial. Além disso, tem sido medicado, inclusive com medicamentos de alta potência", diz a nota.
Por enquanto, a alternativa, de acordo com a Prefeitura, será ampliar o período de acompanhamento do adolescente no CAPS.
Os familiares não pretendem desistir da busca pela internação junto ao Conselho Tutelar.
