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Sem candidato ao Executivo, PSDB negocia com oposição para derrotar Paulo Silva

Os tucanos que estiveram no poder até 2020, chegam agora como coadjuvantes e poderão apoiar Alexandre Bueno, pré-candidato do PL,

Publicado em 20/01/2024 às 16:39
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Alexandre Bueno (esquerda) Carlos Marrichi (direita) (Foto: Rede social)

Diferente das últimas eleições, em Mogi Mirim, o PSDB não deverá ser protagonista na corrida eleitoral e seus líderes articulam para integrar grupos de oposição ao atual prefeito, visando voltar ao poder mesmo que seja com "papel" de coadjuvantes" políticos.

O PSDB esteve à frente da Administração Pública até 2020, nas mãos do ex-prefeito Carlos Nelson Bueno.

Mas, pelo menos por enquanto, a sigla não tem nenhum nome que possa disputar a majoritária nas eleições em outubro.

Porém, os tucanos querem voltar, afirma o presidente do diretório municipal, o advogado Carlos Roberto Marrichi Junior. “O PSDB em Mogi Mirim sempre foi protagonista e me orgulho muito dos representantes locais, de ontem e de hoje, que inegavelmente contribuíram muito para evolução da cidade, e não pretendemos abrir mão dessa característica”, disse ele.

Neste sentido, o PSDB demonstra interesse em declarar apoio ao nome do empresário Alexandre Passos Bueno, filho de Carlos Nelson. Ele deverá ser lançado como pré-candidato a prefeito pelo PL, conforme anunciado pelo presidente liberal, Danilo Zinetti.

Leia Mais: PL articula para conquistar comando de Mogi com Alexandre Bueno, filho de CNB

A reportagem do Portal da Cidade Mogi Mirim questionou o presidente tucano sobre o empresário e ele destacou que as portas estão abertas. “Notadamente devido à afinidade que já existe entre ele e muitos membros do partido, já que coordenou a campanha de seu pai Carlos Nelson Bueno pelo PSDB por duas oportunidades”. Marrichi também não poupou elogios: “É um importante empresário de mídia, pessoalmente nunca foi uma pessoa exibida ou deslumbrada, ao contrário, sempre foi sereno e agregador de grupos e essa característica nesse momento parece nos ser muito valiosa”, finalizou.

O PSDB juntamente com o Cidadania, que são partidos federados, e outros como o PL, Republicanos, MDB e Podemos, por exemplo, veem se reunindo para tentarem lançar uma candidatura unificada.

A união dos partidos tradicionalmente é um obstáculo nas eleições municipais, pois surgem diversos políticos com o mesmo interesse, geralmente, para ser cabeça de chapa ao cargo do Executivo e o acordo demora a sair ou, às vezes, nem sai do papel.

Mas, Marrichi afirma que as conversas acontecem para um consenso. “O objetivo é de formalizar uma chapa que represente o urgente desejo de mudança de condução dos rumos da cidade, o que é fortemente sentido nas ruas e nas redes sociais”.

Segundo ele, o grande motivador para dar início às conversas, e que ainda atua fortemente para que essa aliança em prol da cidade se efetive, é o “próprio desgoverno municipal”.

O PSDB acredita que até março, novos filiados serão conquistados para participação das próximas eleições, em especial para a disputa do cargo de vereador na Câmara Municipal.

PARTIDOS FEDERADOS

Como já citado anteriormente, o PSDB é federado com o Cidadania, conforme Lei 14.208/21, artigo 11-A.

Isso significa que a federação partidária permite que dois ou mais partidos atuem de forma unificada durante as eleições e na legislatura consequente, devendo permanecer com essa união por no mínimo quatro anos. A entidade deve agir, no Parlamento, como uma única bancada, sem que os partidos tenham a obrigação de se fundir.

No caso de Mogi Mirim, os representantes das duas siglas estão em contato direto, mas deverão discutir para entrar num consenso em torno do apoio majoritário, considerando que o Cidadania estaria com a pré-disposição de lançar um nome para o cargo de prefeito.

O nome da vereadora, ex-vice-prefeita de Mogi Mirim, Dra. Lúcia Tenório desponta como favorita dentro da sigla como pré-candidata.

Considerando que o PSDB está próximo ao PL e ao Republicanos, que têm afinidade pelo nome de Alexandre Bueno e, e há possibilidade de o Cidadania lançar um nome, os dois partidos deverão negociar, de repente, uma pré-candidatura ao cargo de vice, caso haja insistência em torno do nome da Dra. Lúcia e, claro, ela se interesse pela disputa.

ATUAL ADMINISTRAÇÃO

O presidente do PSDB afirma que o partido não deverá articular para possivelmente integrar a reeleição do prefeito Paulo Silva.

O chefe de gabinete de Paulo Silva, o advogado Mauro Nunes é do PSDB, está suplente do diretório municipal e, segundo Marrichi isso não atrapalha os planos políticos dos tucanos para as eleições em outubro.

“Isso (Mauro Nunes no governo) nunca isso representou uma adesão formal do partido à administração. Nesse sentido, as conversas podem ser feitas sem problema algum, mas a sensação é de total distanciamento de ideias, além de que, críticas personalíssimas e até desrespeitosas de membros desse governo à administração passada prejudicam qualquer tentativa de aproximação”, observou o presidente tucano.O legado de Carlos Nelson poderá ser o foco principal de uma eventual campanha do PSDB e, neste sentido, crescem as apostas em torno do nome do filho do ex-político, o empresário e proprietário da rádio Nova Onda, Alexandre Passos Bueno, ser o cabeça de uma possível chapa majoritária. 

A reportagem do Portal da Cidade Mogi Mirim questionou o presidente tucano sobre o empresário e não houve negativa acerca da informação extraoficial. Pelo contrário, Marrichi destacou que as portas estão abertas para ele. “Notadamente devido à afinidade que já existe entre ele e muitos membros do partido, já que coordenou a campanha de seu pai Carlos Nelson Bueno pelo PSDB por duas oportunidades”. Marrichi também não poupou elogios: “É um importante empresário de mídia, pessoalmente nunca foi uma pessoa exibida ou deslumbrada, ao contrário, sempre foi sereno e agregador de grupos e essa característica nesse momento parece nos ser muito valiosa”, finalizou.


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