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Pré-eleição

Eleições: Cidadania estuda lançar nome de Dra. Lúcia Tenório para a Prefeitura

Vereadora é líder da sigla na Câmara, soma duas eleições como vice-prefeita e pode ser o trunfo do Cidadania para, de repente, conseguir uma dobradinha

Publicado em 22/01/2024 às 12:15
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(Foto: Rede Social)

O mês de janeiro ainda nem acabou e mais um nome já surge com a possibilidade de disputa de um cargo à Prefeitura de Mogi Mirim, nas eleições que acontecem em outubro.

O Cidadania (antigo PPS), que esteve no poder entre 2013 e 2016, à época, representado pelo ex-vice-prefeito Gerson Rossi Junior, confirmou ao Portal da Cidade que, atualmente, o nome da vereadora Dra. Lúcia Tenório se apresenta com mais condições dentro da sigla para ser trabalhado em negociações com outros partidos. Vale destacar que, no ano passado, o nome da médica também já foi incluído em debates das lideranças políticas do prefeito Paulo Silva (PDT) para uma eventual dobradinha. 

A trajetória política da vereadora, médica ginecologista/obstetra está em análise pelos membros do diretório do Cidadania. Ela está no seu primeiro mandato como vereadora (2021/2024), esteve na função de vice-prefeita junto com Carlos Nelson (2017/2020) e, anteriormente, na cidade de São João da Mata, em Minas Gerais (entre 2005 e 2008).

"Seria de estranhar se o nome dela não tivesse no centro das discussões políticas e ela não estivesse pesando nas eleições", disse o presidente do diretório, Clodomar Tavares. E emendou: "Eu, particularmente, vejo que a Dra. poderá, tranquilamente, fazer uma belíssima campanha, e ser uma excelente gestora de políticas públicas, pelo Cidadania, é claro".

Mas, demonstrando cautela, Tavares disse que a decisão depende de várias situações. "Compete primeiramente a nossa vereadora, aos dirigentes do nosso partido e principalmente aos nossos filiados que atuam na ponta. Sempre no campo pragmático", destacou.

Na bastasse isso, o Cidadania deverá estar alinhado com o PSDB, pois as duas siglas estão federadas, conforme Lei 14.208/21, artigo 11-A. Isso significa que deverão atuar de forma unificada durante as eleições e na legislatura consequente, devendo permanecer com essa união por no mínimo quatro anos. A entidade deve agir, no Parlamento, como uma única bancada, sem que os partidos tenham a obrigação de se fundir.

E o PSDB, conforme já divulgado pelo Portal da Cidade, apresenta afinidade com o nome do empresário Alexandre Passos Bueno, que ainda deverá filiar-se ao PL, ao cargo de prefeito.

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"Embora federados (com o PSDB), estamos "abertos", queremos o máximo possível estreitar as relações, ouvir, alinhar e consolidar nossas pautas e posicionamentos onde estivermos presentes. Na hora certa vamos identificar o melhor", disse o presidente do Cidadania.

Segundo ele, o Cidadania tem líderes importantes e está ampliando a base de atuação do partido na cidade mogimiriana. "Teremos necessariamente uma chapa comum de vereadores e um candidato ou candidata único ao cargo majoritário", reiterou Clodomar Tavares.

Tavares não disse se há possibilidade de o Cidadania, de repente, articular para uma dobradinha e indicar Dra. Lúcia para ser pré-candidata ao cargo de vice, já que tem estudos em torno do nome de Alexandre Bueno, e se limitou a informar que a vereadora pode disputar qualquer cargo, tanto no Executivo, como no Legislativo.

"A prioridade agora é trabalharmos, desde já, esse processo de integração entre as legendas, a fim de montarmos chapas únicas, seja com o Cidadania na majoritária ou o PSDB, ou algum partido coligado, finalizou Clodomar Tavares.

Dra. Lúcia 

Em nota à reportagem, a vereadora confirmou que colocou seu nome à disposição do Cidadania como pré-candidata a prefeita, pois considera que tem uma história política que poderá ajudar na eventual corrida à Prefeitura de Mogi Mirim. "O Cidadania é uma sigla que sempre buscou o melhor para a cidade e quer ser protagonista nessas eleições. Temos um grupo unido, que está apto para dar sua contribuição nos mais diversos setores da cidade", disse a médica vereadora.

Embora tenha sido eleita em 2020 no palanque oposicionista, Dra. Lúcia vem atuando com proximidade o governo de Paulo Silva. É uma vereadora que participa de eventos e reuniões organizadas pelo Poder Executivo e não tem um discurso ferrenho ao prefeito.

A postura da vereadora, por muitas vezes, não teria agradado lideranças do Cidadania e, principalmente no ano passado quando a base do partido intensificou as reuniões, disparavam contra a conduta partidária da médica.

Apesar disso, Dra. Lúcia e o Cidadania vivenciam um momento de "paz e amor" e tentam unificação interna, visando ser destaque nas eleições em 2024.

Na nota, a vereadora amenizou o discurso partidário e disse que ele "dá liberdade para seus filiados atuarem junto aos administradores do município em busca de um bem comum". 

Por fim, cutucou: "Agradeço o apoio do partido e até das críticas pontuais que recebi e que me ajudam a fortalecer ainda mais meu mandato como vereadora do Cidadania. Seguiremos com as conversas e análises visando sempre o melhor para Mogi Mirim".

OUTROS PARTIDOS

Conforme já informado em outras reportagens do Portal da Cidade, existe um grupo de políticos tentando uma união para enfrentar, nas urnas, o prefeito Paulo Silva.

Em 2023, as informações davam conta de dezenas de lideranças, juntos, discutindo uma candidatura unificada. O ano eleitoral começou e a sensação é de que já uma divisão entre eles.

O PSDB/Cidadania, juntamente com o PL e o Republicanos, por enquanto, seguem com o mesmo discurso, portanto, figuram como partidos que se coligarem para as próximas eleições. Aparentemente distante desse grupo estaria o PSD, o PP e até o Podemos, pois já sinalizam a indicação de outros pré-candidatos ao cargo de prefeito. e nesta lista de oposição pode ser incluído o PRD - Partido Renovação Democrática - (antigo PTB e Patriotas), que também tem a intenção de disputar a majoritária.

A união dos partidos em Mogi Mirim, tradicionalmente, tem sido um obstáculo nas eleições municipais, porque surgem diversos políticos com o mesmo interesse, geralmente, para ser cabeça de chapa ao cargo do Executivo, e um acordo pode demorar a sair ou, às vezes, nem sai do papel, por isso, se torna um desafio partidário.

As conversas de bastidores indicam pelo menos seis nomes de pré-candidatos a prefeito, de políticos interessados em disputar o pleito em outubro, e, entre eles, está o nome de Paulo Silva, que deve tentar a reeleição.

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