No segundo dia da greve dos servidores municipais em Mogi Mirim, cerca de 400 funcionários, liderados pelo Sinsep (Sindicato dos Servidores Municipais de Mogi Mirim) novamente retornaram à frente da Estadão Educação, onde o prefeito Paulo Silva dá seu expediente diário. O grupo reivindica aumento salarial acima dos 2% proposto pela Prefeitura.
No primeiro dia, um grande protesto saiu do Sinsep e se dirigiu até onde se encontra o gabinete. O grupo foi recebido por alguns secretários e as conversas não avançaram. O secretário de Governo, Massao Hito foi o principal articulador da Administração junto ao sindicato e aos grevistas, mas os argumentos apresentados não convenceram. A justificativa de não ampliar o percentual do reajuste é o limite prudencial da folha de pagamento, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O sindicato saiu descontente da reunião, porque não foi apresentada nenhuma contraproposta. De acordo com o sindicato, a proposta feita pelos servidores é de 11%, que é resultado da discrepância salarial acumulada entre os anos de 2020 a 2021, defasagem salarial de 6,0993%, mais um acréscimo de 5% a título de aumento real, compensatório ao tempo do achatamento salarial.
Cidades da região aplicaram reajustes que variam de 6% a 12%, o que deixou a categoria ainda mais descontente em Mogi Mirim.
AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO
Os manifestantes protestaram contra a concessão de FG (função gratificada) a muitos funcionários. Os servidores gritaram “fora comissionados” várias vezes.
Outro ponto que causa preocupação: o auxílio alimentação de R$ 300 previsto na lei proposta por Paulo Silva para conceder o reajuste deste ano. A lei só permite esse pagamento neste ano, sendo que “para os exercícios seguintes, o valor do cartão deverá ser regulamentado mediante Decreto do Poder Executivo com valor igual ou superior ao exercício anterior”.
O sindicato defende que esse benefício seja assegurado permanentemente aos servidores.