O ano de 2024 começou e nos bastidores o assunto em pauta são as eleições municipais. Crescem os rumores de que o prefeito Paulo Silva (PDT) está trabalhando internamente para emplacar o nome da pré-candidata a vice-prefeita, a ex-vereadora e atual secretária municipal de Relações Institucionais, Maria Helena Scudeler de Barros (PSB).
Há alguns meses que surgem diversos nomes na lista de pré-candidatos, afinal a atual vice, a médica Maria Alice Mostardinha, rompeu com o prefeito e figura como desafeta na política. O resultado de uma "pesquisa" entre aliados e pessoas próximas ao chefe do Executivo teria indicando o nome de Maria Helena como o mais "viável" para a possível dobradinha em outubro. O percentual de votos favoráveis teria passado de dois dígitos.
📲🤳PARTICIPE DO CANAL DO PORTAL DA CIDADE MOGI MIRIM NO WHATSAPP - Clique no aqui:
Outros nomes cotados são o da ex-vice-prefeita de Mogi Mirim e atual vereadora, Lúcia Tenório (Cidadania), do chefe de Gabinete, o ex-vereador Mauro Nunes (PSDB), e do vereador Geraldo Bertanha, o Gebê (União Brasil). Outros políticos como do ex-vereador e ex-candidato a prefeito André Mazon (PTB) e da vereadora Sonia Módena (PSD) teriam sido sondados entre os pesquisados, porém, ambos não estão alinhados com o atual governo municipal.
O nome de Maria Helena pode, sim, ser confirmado, se considerado o cenário dos últimos meses que mostra a secretária ao lado do prefeito tanto em reuniões importantes em São Paulo, como representando do Município em encontros em Brasília ou ainda acompanhando o chefe do Executivo em todos os eventos públicos da Prefeitura.
É comum vê-los nas fotos de divulgações, um ao lado do outro. A reportagem do Portal da Cidade Mogi Mirim apurou que o desafio será convencer os principais aliados, principalmente àqueles que são ligados aos partidos de esquerda e ajudaram a eleger Paulo Silva na eleição em 2020. As primeiras informações dão conta de que o nome da socialista já teria sido indicado, mas, por enquanto, há resistências, principalmente porque Maria Helena, na maioria das disputas políticas, esteve de lados políticos da direita ou centro-direita.
Além disso, os últimos encontros com o ex-presidente Jair Bolsonaro não teriam agradado alguns "caciques" de esquerda do Governo Municipal.
Os argumentos de Paulo Silva, segundo uma fonte próxima a ele, teriam sido de que até agora não governou Mogi Mirim visando bandeira partidária, tanto que mantém bom relacionamento com o deputado estadual Barros Munhoz (PSDB) e também o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), além de outros agentes políticos de outras siglas que ajudaram a cidade nos últimos anos.
Além disso, Maria Helena é considerada braço forte do Governo Municipal, pois possui influência e experiência em negociações junto ao alto escalão seja do Governo Estadual como do Governo Federal. A ex-vereadora tem "bom" trânsito nas duas esferas, e consegue estreitar relacionamentos importantes, já que sua filha, Amália Barros, é deputada federal pelo Mato Grosso, é atuante e grande líder da direita - bem próxima ao ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa, Michele Bolsonaro.
O filho de Maria Helena, João Manoel de Barros, já trabalhou nas gestões do então governador Geraldo Alckmin e hoje atua na agência de desenvolvimento da Prefeitura de São Paulo.
Ela ainda coleciona a bagagem política com quatro mandados no cargo de vereadora e a disputa de uma eleição ao cargo de prefeita de Mogi Mirim, em 2004, ficando em segundo lugar com 12.811 votos.
Procurada pela reportagem, Maria Helena disse desconhecer qualquer desejo público do prefeito Paulo Silva em indicá-la como vice. E que se papel é continuar atuando para que Mogi Mirim consiga ter participação nos investimentos que estão sendo feitos no Estado.
OUTROS PRÉ-CANDIDATOS
Nos quatro cantos da cidade é comum surgir a pergunta: quem será adversário político de Paulo Silva em 2024?
Até pouco tempo atrás, os boatos eram fortes em torno de nomes como de Sonia Modena e Tiago Costa (MDB), além dos empresários Carlos Bernardi (Podemos), Alexandre Bueno (filho de Carlos Nelson) e Danilo Zinetti.
Surgiram, inclusive, notícias de que os políticos teriam se unido para formar uma segunda via para Mogi Mirim. Porém, a reportagem apurou que o grupo já não está mais tão unido como no início, pois "as ideologias" não estariam alinhadas.
Desde então, nos bastidores surgiram outros nomes como do ex-prefeito Gustavo Stupp e também da vereadora Joelma Franco (PTB) que teria intenção de disputar o cargo de prefeita ou de abrir mão para que seu marido, o ex-vereador André Mazon, pudesse colocar o nome, de novo, para apreciação dos eleitores mogimirianos.
Mas a segunda ou terceira via ainda terão que fazer muitas reuniões, talvez deixar "egos" e "desejos" para que Mogi Mirim tenha pelo menos duas chapas para escolher o prefeito e o vice dos próximos quatro anos - entre 2025 e 2028.
Imagens: Divulgação rede social da secretária Maria Helena
