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LUTO NA POLÍTICA

Corpo de Bino Barros é sepultado; Michelle Bolsonaro vai a velório

Velado no plenário da Câmara, ex-vereador e ex-presidente da Câmara recebe carinho de amigos e colegas da política

Publicado em 23/12/2023 às 11:31
Atualizado em

(Foto: Claudio Felício/Portal da Cidade)

O corpo do ex-vereador Albino Bino Peres de Barros, 71, o Bino, que faleceu nesta sexta-feira (22), foi sepultado na manhã deste sábado (23) no Cemitério Municipal de Mogi Mirim após ter sido velado no plenário da Câmara Municipal, local onde Bino ajudou a construir um legado de leis e de uma história repleta de boas e até mesmo divertidas passagens.

O velório reuniu familiares, como a esposa Maria Helena Scudeler de Barros, atual secretária municipal de Relações Institucionais, o filho João Manoel Scudeler de Barros, chefe de gabinete de Aloysio Nunes Ferreira na SP Negócio, agência de fomento da Prefeitura de São Paulo, e a filha Amália Scudeler de Barros, deputada pelo PL no Magro Grosso.


Foi pela forte ligação com Amália que o velório trouxe a Mogi Mirim na manhã deste sábado a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Michelle chegou por volta das 9h, cumprimentou a família e permaneceu por um tempo até a despedida de familiares e amigos do corpo de Bino, que seguiu em cima de um caminhão dos Bombeiros Municipais até o Cemitério Municipal de Mogi Mirim, onde ocorreu o sepultamento.

Além dos filhos, Bino deixou um neto e duas netas, todos filhos de João Manoel. Entre amigos e conhecidos estavam o prefeito Paulo Silva, a vice-prefeita Maria Alice Mostardinha, os ex-prefeitos Ricardo Brando e Luiz Neto, o deputado estadual Barros Munhoz, o ex-vereador guaçuano Marinho Vedovello, que é casado com a irmã de Maria Helena, além de vereadores e ex-vereadores, colegas, amigos, conhecidos e pessoas que ao menos tem na memória a contribuição de Bino Barros para a polícia mogimiriana.

O ex-vereador estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa em virtude de complicações provocadas pelo diabetes. Bino, apelido que acabou incorporando ao nome, ingressou na vida política no final dos anos de 1970 e início dos anos 1980.

Recém-formado engenheiro agrônomo, ele também criou a primeira empresa de paisagismo da cidade, localizada na rua José Bonifácio. Chamava-se Yuca Paisagismo.

Em 1982, Bino foi eleito vereador pelo então MDB, opositor da Arena, partido da ditadura militar. Foi reeleito para o mandato em 1988. Também foi presidente da Câmara de Mogi Mirim em duas Legislaturas.

Ainda em 88, ele deixa o agora PMDB para ser um dos fundadores do PSDB de São Paulo, juntamente com inúmeras lideranças históricas do antigo partido, como André Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, dentre outros. Bino tinha peso dentro do PSDB nacional. Era reconhecido e respeitado.

Ele ainda seria candidato a deputado estadual em 1990, não conseguindo se eleger. Em 1992, fez parte da chapa do advogado Toninho Ferreira Alves, como candidato a vice-prefeito. Foram derrotados pelo prefeito Jamil Bacar.

Depois desses reveses na política, Bino trabalhou por mais de 20 anos no Governo do Estado, durante as administrações de Mário Covas, José Serra, Sérgio Motta, Geraldo Alckmin, dentre outros. Se afastou da política, embora não definitivamente.

Em 1996, ajuda a esposa Maria Helena Scudeler de Barros a se eleger vereadora, cargo que ela ocuparia até 2020. Nas eleições de 2022, viu a filha Amália Barros ser eleita deputada federal pelo estado de Mato Grosso, sendo uma das mais votadas daquele estado.

Bino deixou um legado de realizações enquanto vereador e um exímio conhecedor da política local. Fez muitos amigos e aliados. Não costumava ter inimigos na política, principalmente porque detinha o respeito por sua conduta e trabalho na Câmara.


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