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Bastidores

Com novas regras: Lista de candidatos a vereador poderá reduzir entre 20 e 30%

Nestas eleições, cada partido só poderá indicar, no máximo,18 nomes para a disputa e a fusão ou federação de siglas também pode diminuir as opções

Publicado em 05/02/2024 às 11:03
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As eleições municipais só acontecem daqui oito meses, mas as novas regras eleitorais já esquentam o processo e deixam muitos líderes políticos "quebrando a cabeça" para estruturarem os partidos e formarem a chapa de pré-candidatos para a disputa das 17 vagas na Câmara de Vereadores, em Mogi Mirim.

A campanha de filiações, literalmente, vem esquentando os bastidores da política mogimiriana. Vários encontros e reuniões, com lideranças estaduais e nacionais, alguns, inclusive com comidas e bebidas, são organizados visando a conquista de filiados que poderão ajudar nas campanhas.

Lideranças buscam também os chamados "medalhões", ou seja, os pré-candidatos com chances de ter uma votação expressiva para serem eleitos.

Os políticos também estão de olho naqueles que possam ter uma quantidade de votos suficientes para ajudar o partido fechar o quociente eleitoral. Em 2024, a sigla deverá ter uma média de 2.500 votos na soma de todos os candidatos para brigar por uma cadeira na Câmara. Pensando nisso, a lista daqueles que foram candidatos em 2020 - cerca de 50 que tiveram uma média entre 200 e 600 votos - já começa a ser estudada por vários partidos.

As articulações focam as últimas mudanças na legislação eleitoral, pois criam um cenário complexo para o pleito de 2024, já que, na prática, é possível que o Município tenha menos candidaturas e menos siglas na disputa eleitoral, considerando as regras de criação das federações partidárias e àquela que limita as candidaturas proporcionais.

Na prática, em outubro, cada partido poderá apresentar um candidato a mais que a oferta de cadeiras na Câmara, ou seja, em Mogi Mirim, serão, no máximo, 18 concorrentes.

Com isso, a quantidade de candidatos nas eleições deste ano poderá reduzir, podendo chegar entre 20% e 30% de queda na oferta, se comparando aos números das eleições passadas. E com relação aos partidos, também deverá ser um número menor, por causa da união de siglas.

Analisando Mogi Mirim, em 2020, foram 18 partidos e 327 candidaturas na disputa pelas 17 vagas na Câmara de Vereadores. Na ocasião, a legislação permitia até 26 candidaturas por partido.

Porém, quando a regra de 2024 é aplicada, esse número pode cair para uma média de até 250 candidaturas, considerando ainda a possibilidade de o número ser ainda menor, pois tudo dependerá dos partidos lançarem chapa completa, com 18 candidatos, ou não.

Outra questão é que, às vezes, os partidos têm dificuldades em cumprir as regras com relação a um dos gêneros. A Justiça eleitoral obriga que as siglas destinem, no mínimo 30% das candidaturas disponíveis a um dos gêneros. Na prática, na maioria das vezes, isso acontece com o grupo de mulheres, ou seja, como existem poucas interessadas nas eleições, elas formam essa cota. 

Nas eleições de 2024, se o partido lançar o máximo de 18 nomes, seis deles deverão ser do público feminino, sempre respeitando o percentual. Se por acaso tiver algum partido com mais mulheres, a cota muda, e 30% deverão de homens.

JANELA

Fevereiro e março serão meses importantes para direcionar os partidos, pois o calendário eleitoral permite a janela, período em que, por exemplo, vereadoras e vereadores poderão trocar de partido para concorrer às eleições, sem perder o mandato.

Em Mogi Mirim, a expectativa, segundo bastidores da política, é que pelo menos 10 legisladores troquem suas siglas. O prazo será entre 7 de março e 5 de abril. Neste caso, os vereadores  também começam a ser "assediados", principalmente aqueles que somam votação entre 600 e 2.000 votos, na eleição anterior.

Mas não é só isso que conta.

O fato de os vereadores estarem no cargo, independente da votação, também é visto com bons olhos pelas lideranças, que consideram o "Poder" como uma vantagem política na busca de ter representantes na Casa Legislativa.


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