Faltam cerca de cinco meses para as eleições municipais e, segundo a Justiça Eleitoral, o número de eleitores será menor com relação ao último pleito que escolheu: prefeito, vice e vereadores. Em Mogi Mirim, uma média de 16 mil eleitores não poderão ir às urnas, pois estão com os títulos suspensos ou cancelados sejam por três ausências consecutivas sem justificativas nas eleições, por falta de pagamento de multas, descumprimento do serviço militar ou ainda por condenações criminais e óbitos.
O número representa queda de pouco mais de 4% do eleitorado. Em 2020, eram mais de 70 mil e, hoje, cerca de 68 mil estão com documentação em dia, aptos a votarem em outubro.
O assistente de cartório de Mogi, Lurival Pereira de Campos Júnior, informou que apenas 596 pessoas atenderam ao chamado da Justiça Eleitoral e regularizam seus documentos, entre: alistamento, revisão, transferência.
Pendências afetam o dia-a-dia
Os eleitores que não regularizarem os títulos terão dificuldades com outros documentos e serviços públicos do dia-a-dia. Não podem, por exemplo:
- Tirar documentos como passaporte, carteira de identidade; no caso do passaporte, a proibição não se aplica ao brasileiro que mora no exterior e precisa do documento para voltar ao país;
- Ingressar em universidade pública ou renovar matrícula em instituição de ensino superior;
- Assumir cargos comissionados ou efetivos (por aprovação em concurso público);
- Obter empréstimo em instituições públicas.
- Pela legislação, tem o título cancelado quem não vota em três eleições consecutivas, não paga a multa pela ausência ou não se justifica.
Na prática, Mogi Mirim já vem registrando grande número de não votantes nas eleições, considerando o percentual de abstenções que gira em torno de quase 21%, ou seja, mais de 20 eleitores "faltam" no dia da eleição.
