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Eleições/Expectativa

Coluna do Portal - Bastidores da política e a janela eleitoral

O Portal da Cidade Mogi Mirim volta com as informações que são tratadas nos corredores da cidade sobre como deve ser a eleição em outubro

Publicado em 10/03/2024 às 14:06
Atualizado em

JOGOS ABERTOS - As próximas semanas serão decisivas para os políticos que desejam concorrer a uma vaga nas eleições em outubro, principalmente àqueles que detém um cargo. Está aberta a janela eleitoral, regra que permite que os candidatos com mandato possam trocar de partido sem que sejam punidos por infidelidade partidária. Em Mogi Mirim, a maior bancada, o PSDB, hoje, com três cadeiras, deverá ficar na lembrança. E o União Brasil, poderá crescer, passando de duas para quatro.

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DANÇA DAS CADEIRAS - Vereadores que estão no PSDB e deverão sair: Marcos Antônio Franco, o Marcos Gaúcho, Orivaldo Magalhães, o Magalhães da Potencial e Alexandre Cintra. Conversas de bastidores indicam que Marcos Gaúcho esteja próximo ao União Brasil; já a nova casa de Magalhães poderia ser o "novo" MDB. Já Alexandre Cintra, até poucos dias, não demonstrava intenção de sair do ninho tucano, mas no final de semana, as conversas tiveram outro rumo. O vereador é fiel escudeiro do deputado federal, Carlos Sampaio, que, de repente, filiou-se ao PSD. Mudança, que deverá fazer Cintra repensar seus passos políticos em Mogi Mirim.

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DANÇA DAS CADEIRAS 2 - Vereadores do antigo PTB que, obrigatoriamente mudarão de sigla, são: os vereadores: Cinoê Duzo e Joelma Franco. Eles procuram novo "lar" porque o PTB fez fusão com o Patriotas e virou o PRD - Partido Republicano Democrata -, que agora, pertence ao grupo de apoio ao prefeito Paulo Silva, sob o comando da família Mata. Cinoê e Joelma postulam como oposição, protanto, procuram novo partido. O vereador teria tido intensas conversas com o presidente do PSDB, Carlos Marrichi e com o novo líder do Republicanos, Alexandre Bueno. Já quanto à vereadora Joelma, há quem diga que estaria próxima ao Cidadania por causa de deputados ligados à bancada rural, porém, já soam rumores que a política estaria de olho no PSD.

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DANÇA DAS CADEIRAS 3 - O União Brasil poderá se tornar a maior bancada da Câmara, perderá um vereador e ganhar três. João Victor Gasparini deve permanecer na sigla e "assedia" Marcos Gaúcho e Márcio do Boxe, que respectivamente, deverão sair do PSDB e Podemos. O União tem forte atuação nos Governos Estadual e Federal e, em Mogi Mirim, deverá ser coadjuvante, pois a pré-candidata a vice-prefeita, Maria Helena Scudeler de Barros, deverá se filiar na sigla para a eleição em outubro. O presidente da Câmara, o vereador Dirceu Paulino, também deverá filiar-se ao União, mas só engrossará as fileiras do partido porque não sairá mais candidato a vereador. Ele deixará o Solidariedade, partido que poderá ter a volta do vereador Gebê que afirmou que não fica no União Brasil.

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DANÇA DAS CADEIRAS 3 - O PL (popularmente chamado de partido de Bolsonaro) deverá ficar mais enfraquecido ainda em Mogi Mirim. O único vereador que representaria a sigla até dezembro de 2024, o Luis Roberto Tavares, o Robertinho, estaria negociando sua ida ao Republicanos. O PL, conforme já divulgado pelo Portal da Cidade, ficará sem candidato nas eleições majoritárias e ainda poderá perder sua única cadeira na Câmara. Assim, o partido Republicanos ficaria com duas cadeiras, do líder Ademir Floretti Junior e de Robertinho, se o "casamento" se confirmar.

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DANÇA DAS CADEIRAS 4 - O MDB ressurge, depois da cassação ex-vereador Tiago Costa, liderado pela vereadora Dra. Lúcia Tenório, que inclusive, lançou sua pré-candidatura ao cargo de prefeita de Mogi Mirim. Os bastidores, conforme já dito acima, indicam que Magalhães poderá ir ao MDB e, se de repente, Alexandre Cintra definir a postura de oposição ao Paulo Silva, o novo MDB pode, sim ser a possível "casa" do, por enquanto, tucano. Aliás, há quem diga que os emedebistas poderão ser vistos com bons olhos para àqueles que não conseguem acordo/legenda para disputar a eleição em outubro. Isso pode atrair bons nomes como nomes nem tão bons assim. E, mesmo com a proposta de reformulação e novas caras no partido, o vereador Moacir Genuário não ficará na sigla, que representou por muitos anos na cidade. Ele estaria fechando acordo com o Solidariedade e assim o partido teria duas cadeiras na Câmara, de Moacir e de Gebê, já planejando a eleição em outubro.

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DANÇA DAS CADEIRAS 5 - A janela eleitoral deverá ser cruel para o PSB e Podemos. Dois partidos que deverão perder seus representantes na Casa de Leis. A vereadora Mara Choquetta estaria negociando sua filiação ao PDT, partido do prefeito Paulo Silva e da vereadora e 1ª dama, Luzia Cristina Nogueira. Aliás, o PDT teria atraído bastante candidatos e a chapa de pré-candidatos a vereadores estaria completa, inclusive com suplentes. Os pré-candidatos confiantes de que terão a média de votos para "brigar" por uma cadeira, estaria no PDT, portanto, a disputa interna deverá ser acalorada, voto a voto. Sobre o Podemos, o Márcio do Boxe, que não demonstra afinidade com as lideranças da sigla liderada pelo ex-prefeito Ricardo Brandão e pré-candidato a prefeito Carlinhos Bernardi, também estará de casa nova. Como já dito anteriormente, o União Brasil estaria na mira do vereador, mestre dos ringues.

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DANÇA DAS CADEIRAS 6 - O PSD, sigla nacionalmente forte, como o secretário estadual, Gilberto Kassab, que vem filiando lideranças estaduais e federais de grande importância para o cenário político, em Mogi Mirim, hoje, está com duas cadeiras: da vereadora Sonia Modena e do vereador Marcos Segatti. Por enquanto, os dois vem demonstrando fidelidade à sigla, mas os bastidores indicam que, "no balanço das horas" tudo pode mudar. Os bastidores indicam o seguinte: Segatto analisa o cenário e se os novos filiados não irão prejudicá-lo nas urnas. Sonia estaria dizendo para uns e outros que que ser candidata a prefeita, inclusive estaria fazendo reuniões neste sentido, mas dizem por aí que a dúvida é anunciar por qual partido. O PSD, sigla que está atualmente filiada, lá trás demonstrou a intenção de disputar eleição a prefeito em Mogi, mas o que se vê é que talvez ainda não teria tido segurança em amplamente declará-la como pré-candidata, tanto que num evento recente em Mogi Mirim não abordou o assunto em alto e bom tom. Na ocasião, "estrela do partido" foram as palavras mais próximas proferidas pelos caciques do PSD. Não bastasse isso, a rádio peão conta que a vereadora teria já negociado com o alto escalão do PP, liderado pelo deputado federal, Maurício Neves, para disputar a eleição ao cargo majoritário. Por conta disso, inclusive, a sua assessora parlamentar, teria sido nomeada a presidente do diretório provisório do PP em Mogi Mirim. Considerando que a tal oposição não demonstra união, cada partido tem seu cacique que não abre mão do Poder, há quem aposte que Sonia pode escolher disputar a reeleição na Câmara, garantindo mais quatro anos no Poder, do que tentar uma disputa à prefeita neste momento, deixando os planos para 2028. São cenários prováveis, mas o fim da janela eleitoral, em 5 de abril, irá desenhar o futuro.

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Quem manda? - As decisões partidárias que estão sendo adotadas pelas lideranças estadual e federal têm mexido com os políticos de Mogi Mirim, pois são alianças que, muitas vezes, não refletem a realidade do interior. Por exemplo, a notícia de que o governador Tarcísio de Freitas pode filiar-se ao PL, deixou o Republicanos mogimiriano alerta, afinal, acabaram de filiar o pré-candidato a prefeito, Alexandre Bueno, com discursos que envolvem o nome de Tarcísio. Por hora, nada saiu do papel no alto escalão, mas fica a apreensão, afinal é um político em destaque nacional. A filiação de Carlos Sampaio ao PSB, depois de muitos anos de militância tucana pegou muita gente de surpresa e "bagunçou" a cabeça de fies escudeiros que seguem seus passos. Em Mogi Mirim, por exemplo, tem parceiro que não se "dá" muito bem no ninho do PSD, como ficaria? 
Outro exemplo é do PL nacional tem uma mogimiriana bastante influente, Amália Barros (deputada federal por Mato Grosso), amiga pessoal de Michele Bolsonaro (mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro) e, claro, apoiando a pré-candidatura de sua mãe em Mogi, Maria Helena Sculeder de Barros, quer atenção especial do partido para "ajudar" a mãe. Maria Helena, inclusive, já esteve com Bolsonaro nos últimos meses e pode ter uma forcinha a mais na eleição.
Na semana passada, voltou à tona as discussões de uma federação do PSD e PP e quiçá Republicanos. Já pensou se isso se confirma? As três siglas em Mogi teriam que seguir um único rumo. Hoje, estão próximas, mas como um Rei em cada uma, sem acordos. Ou seja, balançaria as cadeiras.
São especulações, mas que confirmam o fato de que os caciques lá de cima dão o tom de como deve ser a narrativa política aqui em baixo, nas cidades do interior.

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Pesquisas - entre aspas - Até chegar outubro, muitas enquetes/pesquisas serão divulgadas nos bastidores da política. Trata-se da movimentação dos líderes de um partido e de outro, testando os nomes de seus prediletos. Mesmo sem muitos anúncios oficiais de pré-candidaturas, vários nomes estão na planilha dos entrevistadores pelas ruas de Mogi Mirim. Paulo Silva, Alexandre Bueno (filho de Carlos Nelson), Sonia Modena, André Mazon, Dra. Lúcia Tenório, Joelma Franco e Carlinhos Bernardi, são nomes que aparecem nestas pesquisas não registradas. O primeiro lugar tem sido do prefeito com dois dígitos e leve crescimento nas últimas semanas, já o segundo lugar, tem variado em números e nomes, umas enquetes com apenas um dígito e outras com dois. Aparecem nesta posição, André, Sonia e até a Dra. Lúcia. Nomes que também já surgiram nos terceiro e quarto lugares destas tais pesquisas. Alexandre, estaria com percentual maior desde que colocou seu nome à disposição, mas não passaria de dois dígitos, e por hora, nem traia preocupação ao líder. Embora não sejam números registrados, fato é que a estratégia movimenta lados da situação e da oposição na corrida eleitoral, afinal, podem indicar um cenário perto da realidade nas urnas.

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A Coluna do Portal da Cidade volta a qualquer tempo, apresentando notícias dos bastidores da política mogimiriana e, talvez, da região.


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