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MOGI GUAÇU

Alagamento no Santa Terezinha vira palanque para 2020

De olho nas urnas do próximo ano, vereadores de oposição usam calamidade enfrentada por moradores para atacar governo Walter Caveanha

Publicado em 13/12/2019 às 03:39

A famosa frase “quanto pior, melhor” parece servir de mote para grupos políticos contrários ao atual governo municipal. Nem mesmo o drama de famílias que tiveram suas casas invadidas pela água no início desta semana, no bairro Santa Terezinha, parece ter sensibilizado membros oposicionistas que buscam o poder no famoso jogo do “custe o que custar”. 

Vereadores contrários ao governo Walter Caveanha exploraram em demasia a situação vivida pelos moradores para cobrar providências que ainda não saíram do papel. Vale lembrar que a Prefeitura de Mogi Guaçu prometeu resolver a situação levando à Câmara um pedido de empréstimo de R$ 5 milhões junto ao Banco do Brasil, usando parte do recurso para obras de infraestrutura do Santa Terezinha.

O projeto foi aprovado há pouco tempo, depois de tramitar lentamente pelo Legislativo durante um mês até que fosse aprovado. Nesta semana, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que o projeto elaborado pela Secretaria de Obras e Viação está pronto. Existe uma previsão de se investir muito mais do que R$ 800 mil, que era o orçamento inicial.

Porém, o grande problema é que a tramitação lenta na Câmara retardou a aprovação e causou um embaraço para a Prefeitura. O Banco do Brasil, devido a prazos de análise de projeto e certidões, ainda não liberou o recurso. Ou seja, a Prefeitura ainda não dispõe de dinheiro para dar início à contratação de empresa para a execução da obra.

O secretário de Obras e Viação, Salvador Franceli Neto, foi cobrado mais uma vez pelo vereador Francisco Magela Inácio, o Chicão, para resolver a situação após a forte chuva que alagou o Santa Terezinha na segunda-feira. Salvador mostrou a Chicão o projeto, que foi concluído e que agora aguarda que o Banco do Brasil disponha do recurso para dar início à obra.

Entretanto, a oposição faz a sua parte nessa lamentável situação vivida pelos moradores. Muito mais preocupados em ganhar dividendos políticos com a situação, os vereadores contrários a Walter Caveanha publicaram diariamente vídeos de discursos na tribuna.

Em um tom mais ácido, o tucano Fabinho Luduvirge editou um vídeo gravado em uma reunião na Câmara com a presença do prefeito, levando o internauta a acreditar que a Prefeitura dispõe de R$ 7,5 milhões em caixa para realizar as obras no Santa Terezinha, quando, na verdade, este recurso atendeu a outras obras de infraestrutura, justamente porque o empréstimo junto ao BB, se fosse aprovado na velocidade que a Prefeitura programava, certamente teria resolvido toda a situação dos moradores atingidos pela chuva.

Fatos como esse levam o eleitor a tomar um rumo quanto a opção pelo voto em 2020. A Prefeitura apresenta seus argumentos quanto ao atraso nas obras, enquanto que a oposição faz o seu dever, que é desconstruir e criticar, não importa se o oportunismo pegar carona em pessoas que não se importam com os discursos de situação e oposição, e sim que as demandas sejam atendidas. Mogi Guaçu parece estar longe de ter uma política menos pautada em ambições e na construção de projetos pessoais.


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