A famosa frase “quanto pior, melhor” parece servir de mote para grupos políticos contrários ao atual governo municipal. Nem mesmo o drama de famílias que tiveram suas casas invadidas pela água no início desta semana, no bairro Santa Terezinha, parece ter sensibilizado membros oposicionistas que buscam o poder no famoso jogo do “custe o que custar”.
Vereadores contrários ao governo Walter Caveanha exploraram em demasia a situação vivida pelos moradores para cobrar providências que ainda não saíram do papel. Vale lembrar que a Prefeitura de Mogi Guaçu prometeu resolver a situação levando à Câmara um pedido de empréstimo de R$ 5 milhões junto ao Banco do Brasil, usando parte do recurso para obras de infraestrutura do Santa Terezinha.
O projeto foi aprovado há pouco tempo, depois de tramitar lentamente pelo Legislativo durante um mês até que fosse aprovado. Nesta semana, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que o projeto elaborado pela Secretaria de Obras e Viação está pronto. Existe uma previsão de se investir muito mais do que R$ 800 mil, que era o orçamento inicial.
Porém, o grande problema é que a tramitação lenta na Câmara retardou a aprovação e causou um embaraço para a Prefeitura. O Banco do Brasil, devido a prazos de análise de projeto e certidões, ainda não liberou o recurso. Ou seja, a Prefeitura ainda não dispõe de dinheiro para dar início à contratação de empresa para a execução da obra.
O secretário de Obras e Viação, Salvador Franceli Neto, foi cobrado mais uma vez pelo vereador Francisco Magela Inácio, o Chicão, para resolver a situação após a forte chuva que alagou o Santa Terezinha na segunda-feira. Salvador mostrou a Chicão o projeto, que foi concluído e que agora aguarda que o Banco do Brasil disponha do recurso para dar início à obra.
Entretanto, a oposição faz a sua parte nessa lamentável situação vivida pelos moradores. Muito mais preocupados em ganhar dividendos políticos com a situação, os vereadores contrários a Walter Caveanha publicaram diariamente vídeos de discursos na tribuna.
Em um tom mais ácido, o tucano Fabinho Luduvirge editou um vídeo gravado em uma reunião na Câmara com a presença do prefeito, levando o internauta a acreditar que a Prefeitura dispõe de R$ 7,5 milhões em caixa para realizar as obras no Santa Terezinha, quando, na verdade, este recurso atendeu a outras obras de infraestrutura, justamente porque o empréstimo junto ao BB, se fosse aprovado na velocidade que a Prefeitura programava, certamente teria resolvido toda a situação dos moradores atingidos pela chuva.
Fatos como esse levam o eleitor a tomar um rumo quanto a opção pelo voto em 2020. A Prefeitura apresenta seus argumentos quanto ao atraso nas obras, enquanto que a oposição faz o seu dever, que é desconstruir e criticar, não importa se o oportunismo pegar carona em pessoas que não se importam com os discursos de situação e oposição, e sim que as demandas sejam atendidas. Mogi Guaçu parece estar longe de ter uma política menos pautada em ambições e na construção de projetos pessoais.