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DIA DA MULHER

Na linha de frente: a importância das mulheres no combate à dengue

De agentes que visitam as casas de mogimirianos a mulheres na posição de líderes da estratégia de enfrentamento: elas estão em todo lugar

Publicado em 08/03/2024 às 07:27

Agentes de combate a endemias em ação, visitando locais públicos e casas de Mogi Mirim (Foto: Claudio Felício/Portal da Cidade)

As mulheres vêm assumindo o protagonismo de importantes lutas como da pandemia da Covid-19 e agora, em 2024, no enfrentamento da alta acelerada de casos de dengue. Esse protagonismo é visto de ponta a ponta, de mulheres que assumiram o papel das agentes de saúde que vistam as casas dos mogimiriano em busca de focos do mosquito transmissor, às mulheres que atuam na coordenação das estratégias de combate a essas doenças.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres correspondem a 65% dos mais de 6 milhões de profissionais ocupados nos setores público e privado, tanto nas atividades diretas de assistência em hospitais, quanto na Atenção Básica. Por isso, a reportagem do Portal da Cidade Mogi Mirim destaca o papel das profissionais da saúde na batalha contra a doença que registra aumento de casos a cada dia.

Com 1.261 notificações e 128 pacientes foram contaminados, a cidade enfrenta um desafio crescente. A Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica e do Centro de Controle de Zoonoses, mobilizou equipes para eliminar o mosquito Aedes aegypti. Três mulheres da Secretaria estão na linha de frente e representam as outras profissionais nesta missão.

A coordenadora da atenção básica, Viviane Negretto Bandiera, não mede esforços para conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção. "A maioria dos agentes é composta por mulheres, eu diria que cerca de 90%. É um trabalho mais árduo para as mulheres, debaixo do sol, elas têm que andar bastante”, disse. Mas, segundo ela, apesar dos obstáculos, o amor à profissão e o compromisso de ajudar as pessoas estão em primeiro lugar.


A gerente da vigilância em saúde, Vivian Delalibera Custodio, lembrou que o momento é de alerta por causa do crescimento de casos de dengue no estado de São Paulo e o fato demanda trabalho dobrado. A visita casa a casa e as ações de orientação são fundamentais e exigem atenção, foco, compromisso, afinal, além da rotina de segunda a sexta-feira, tem ações fora do horário de trabalho que podem comprometer a vida pessoal, mas as agentes estão sempre dispostas.

A sensibilidade das mulheres da saúde também conta durante uma epidemia, pois convencer a população a eliminar criadouros não é tarefa fácil. "Atualmente, 80% dos focos de dengue estão nos quintais das residências. Além das responsabilidades da prefeitura, contamos com o apoio crucial da população para reduzir os números”, disse Vivian, ressaltando que o modo como as mulheres abordam e informam fazem a diferença e ajudam bastante no combate.


Valquíria Leopoldino é agente de Controle de Endemias e ela destacou a importância da receptividade da população ao trabalho das equipes de combate à dengue. "Gostaria que as pessoas fossem mais conscientes e receptivas em relação à prevenção da dengue. Apesar das preocupações com segurança, nós, agentes de saúde, trabalhamos de forma uniformizada, com crachá e veículo oficial da prefeitura. Pedimos que a população seja mais receptiva, pois estamos aqui para ajudar”, pontuou.



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