A Secretaria Municipal de Saúde de Mogi Mirim acendeu as "luz vermelha" e redobra a atenção devido ao crescimento de casos positivos da dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegyti.
Mogi Mirim registra 150 notificações, sendo: 34 pacientes contaminados, 36 em investigação e 70 casos prováveis. A maioria dos positivos é da faixa etária de 35 a 49 anos tanto masculino, quanto feminino, que tiveram, principalmente os seguintes sintomas: cefaleia, mialgia e febre. Os dados constam do Centro de Operações de Emergências (COE), que apresenta o painel de monitoramento da Dengue no estado de São Paulo. Os dados deverão ser atualizados com a inclusão de novas notificações dos últimos dias.
Em todo mês de janeiro, foram 25 positivos, considerando que fevereiro ainda nem acabou, e os números são altos, há preocupação no Município.
Por isso, em reunião realizada na tarde de terça-feira (20) no auditório da Secretaria da Saúde, entre as chefes das equipes das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e as responsáveis pela Atenção Básica em Saúde e VE (Vigilância Epidemiológica), Viviane Negretto Bandiera e Daniela Berg, respectivamente, foram traçados os planos para o enfrentamento e mitigação diante da possibilidade de uma epidemia de dengue no Município.
As autoridades de Saúde temem que 2024 repita as epidemias registradas nos anos de 2015 ou 2018, quando a região foi assolada pela dengue, com milhares de casos. Viviane lembrou os presentes que, nesse momento, o mais importante é acolher bem quem procura as UBSs, coletando informações, solicitando exames e registrando todas as informações sobre o paciente, hidratando-o e, se necessário, encaminhando a pessoa à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou PSC (Pronto Socorro Central) da Santa Casa.
“Devemos orientar as recepções dessas unidades a acolher as pessoas suspeitas de contaminação por dengue para que possamos dar o tratamento adequado além de coletar os dados corretamente”, acrescentou. Já Daniela Berg foi enfática. “É esperado uma epidemia de dengue, inclusive com casos do tipo 3”, alerta.
Ela disse que a vacina só será distribuída para as cidades com mais de 100 mil habitantes e onde houver um grande percentual de infectados. “Mesmo assim, o imunizante será destinado a crianças e pré-adolescentes entre 4 e 14 anos”, acrescentou.
Daniela e Viviane também pediram aos colegas das UBSs que utilizem o cartão de acompanhamento do paciente com suspeita de dengue para todas as pessoas que procurarem as unidades com suspeita da doença, preenchendo com dados atualizados. Também é de extrema importância que o paciente tenha sempre em mãos esse cartão e o leve sempre que for passar atendimento tanto nos postos de saúde quanto na UPA ou PSC.
Outro ponto que ficou acertado é fluxo entre as UBSs e o Laboratório Municipal, com o objetivo de proporcionar mais agilidade nos resultados de exames. Também haverá esquema especial para gestantes, pessoas com comorbidades, idosos e crianças, mais vulneráveis à dengue.
O almoxarifado da Saúde também está requisitando um reforço de alguns insumos, para suprir as necessidades nas UBSs. Por último, foi anunciada a criação de um grupo de profissionais da Secretaria da Saúde no Whatsapp para a troca de informações e trocas de dados.
Veja como identificar os sintomas da dengue:
• Febre alta;
• Dor atrás dos olhos;
• Dor no corpo;
• Manchas avermelhadas na pele;
• Coceira;
• Náuseas; e
• Dores musculares e articulares.