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DENGUE

Casos de dengue crescem e Mogi Mirim pode ter epidemia igual de 2015 e 2018

Mogi tem 34 pacientes confirmados, 36 investigados e 70 prováveis, causando preocupação. Por isso, a Secretaria de Saúde traça planos de enfrentantamento

Publicado em 21/02/2024 às 11:44
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(Foto: Divulgação Secretaria de Saúde)

A Secretaria Municipal de Saúde de Mogi Mirim acendeu as "luz vermelha" e redobra a atenção devido ao crescimento de casos positivos da dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegyti.

Mogi Mirim registra 150 notificações, sendo: 34 pacientes contaminados, 36 em investigação e 70 casos prováveis. A maioria dos positivos é da faixa etária de 35 a 49 anos tanto masculino, quanto feminino, que tiveram, principalmente os seguintes sintomas: cefaleia, mialgia e febre. Os dados constam do Centro de Operações de Emergências (COE), que apresenta o painel de monitoramento da Dengue no estado de São Paulo. Os dados deverão ser atualizados com a inclusão de novas notificações dos últimos dias.

Em todo mês de janeiro, foram 25 positivos, considerando que fevereiro ainda nem acabou, e os números são altos, há preocupação no Município.

Por isso, em reunião realizada na tarde de terça-feira (20) no auditório da Secretaria da Saúde, entre as chefes das equipes das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e as responsáveis pela Atenção Básica em Saúde e VE (Vigilância Epidemiológica), Viviane Negretto Bandiera e Daniela Berg, respectivamente, foram traçados os planos para o enfrentamento e mitigação diante da possibilidade de uma epidemia de dengue no Município.

As autoridades de Saúde temem que 2024 repita as epidemias registradas nos anos de 2015 ou 2018, quando a região foi assolada pela dengue, com milhares de casos. Viviane lembrou os presentes que, nesse momento, o mais importante é acolher bem quem procura as UBSs, coletando informações, solicitando exames e registrando todas as informações sobre o paciente, hidratando-o e, se necessário, encaminhando a pessoa à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou PSC (Pronto Socorro Central) da Santa Casa.

“Devemos orientar as recepções dessas unidades a acolher as pessoas suspeitas de contaminação por dengue para que possamos dar o tratamento adequado além de coletar os dados corretamente”, acrescentou. Já Daniela Berg foi enfática. “É esperado uma epidemia de dengue, inclusive com casos do tipo 3”, alerta. 

Ela disse que a vacina só será distribuída para as cidades com mais de 100 mil habitantes e onde houver um grande percentual de infectados. “Mesmo assim, o imunizante será destinado a crianças e pré-adolescentes entre 4 e 14 anos”, acrescentou. 

Daniela e Viviane também pediram aos colegas das UBSs que utilizem o cartão de acompanhamento do paciente com suspeita de dengue para todas as pessoas que procurarem as unidades com suspeita da doença, preenchendo com dados atualizados. Também é de extrema importância que o paciente tenha sempre em mãos esse cartão e o leve sempre que for passar atendimento tanto nos postos de saúde quanto na UPA ou PSC.

Outro ponto que ficou acertado é fluxo entre as UBSs e o Laboratório Municipal, com o objetivo de proporcionar mais agilidade nos resultados de exames. Também haverá esquema especial para gestantes, pessoas com comorbidades, idosos e crianças, mais vulneráveis à dengue.

O almoxarifado da Saúde também está requisitando um reforço de alguns insumos, para suprir as necessidades nas UBSs. Por último, foi anunciada a criação de um grupo de profissionais da Secretaria da Saúde no Whatsapp para a troca de informações e trocas de dados.


Veja como identificar os sintomas da dengue:

• Febre alta;

• Dor atrás dos olhos;

• Dor no corpo;

• Manchas avermelhadas na pele;

• Coceira;

• Náuseas; e

• Dores musculares e articulares.

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