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Saúde em debate

Bate e rebate: Prefeitura nega falta de médico na maternidade da Santa Casa

A vereadora e pré-candidata a prefeita, Dra. Lúcia Tenório levou o assunto na tribuna da Câmara; A Prefeitura afirma que o setor está com equipe completa

Publicado em 12/03/2024 às 17:52
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(Foto: Cláudio Felício/Portal da Cidade Mogi Mirim)

A vereadora Dra. Lúcia Tenório (MDB) denunciou na sessão da Câmara de segunda-feira (11) que o setor de maternidade da Santa Casa de Mogi Mirim estava sem coordenador de ginecologia/obstetrícia desde a semana passada.

A parlamentar, que é medica e atende no hospital, demonstrou preocupação, dizendo que sem o profissional, os plantões mensais poderão ser reduzidos com prejuízos no atendimento às gestantes nos procedimentos de pré- e pós-parto.

"Os ginecologistas são médicos difíceis de se achar. Quem será o médico que estará lá quando a gestante chegar ou para a recepcionar a mãe e o recém-nascido?, questionou a parlamentar.

Na Câmara Municipal, a vereadora tem atuação frequente na área da saúde, mas, considerando o cenário político, já que ela lançou sua pré-candidatura ao cargo de prefeita de Mogi Mirim, a postura  da parlamentar poderá mudar, indicando uma oposição ao prefeito Paulo Silva (PDT).

Nesta segunda-feira, embora não tenha feito uma crítica ferrenha, Dra. Lúcia mudou um pouco o tom e disparou: " Planejamento, vamos ver a coisas adequadamente. Peço coordenador da saúde tome cuidado porque isso tem repercussão. Sou da saúde, sou ginecologista e sei o que acontece atrás dos bastidores", finalizou.

Em nota ao Portal da Cidade, a Secretaria de Saúde rebateu a crítica e afirma que a informação da vereadora é inverídica, que não há falta de coordenação na especialidade da maternidade. "A atual coordenadora, Dra. Márcia Gonçalves Machado, permanece como responsável pelo setor até hoje (12/03/2024). A partir de 13/03/2024, quem responderá pela referida especialidade será o Dr. Manuel Dias da Silva", informou a nota.

"Eu recebi a informação da própria coordenadora, a Dra Márcia, de que havia sido desligada do quadro de médicos da Santa Casa. A informação aconteceu via WhatsApp. Isso gera um desconforto em toda a equipe, que deposita segurança na coordenação da unidade", explicou a Dra. Lúcia.

O setor de maternidade do hospital possui uma equipe multidisciplinar que garante o bem-estar físico, emocional e psicológico da mãe e do bebê, trabalho feito por diversos profissionais como obstetrícia,  enfermagem, psicologia, pediatria, assistência social e outros.

Segundo a Secretaria de Saúde, há profissionais suficientes para atender a demanda da Santa Casa, que gira em torno de 50 partos por mês (entre normais e cesáreas) e 200 consultas, cuja escala e demais informações estão disponíveis no site do CNES, pois são informações públicas.

Dra. Lúcia disse que não recebeu nenhuma informação da Prefeitura sobre a coordenação da maternidade.

A Irmandade da Santa Casa está sob intervenção judicial, gerenciada administrativamente pela Prefeitura Municipal, desde abril de 2019. No último dia 20 de fevereiro, foi publicado um decreto de prorrogação da intervenção entre 1 de março e o próximo dia 31 de março, podendo ser prorrogada por igual período, ou período maior.

"Não sou médica ginecologista do hospital, mas por fazer parte do Corpo Clínico e já ter sido diretora Clínica da Santa Casa sei da importância em ter uma maternidade com bons profissionais e com respaldo, para que possa fazer os atendimentos. Assim como deve ser na UTI-Neonatal, que voltou a funcionar após minhas reclamações - e quero crer que esteja funcionando bem", finalizou a vereadora.

Atualizada com informações às 21h00.




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