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Importante fator

Vacinação contra a Covid avança e muda panorama dos hospitais da região

Os dados dos 3 últimos meses apontam que o andamento da vacinação baixou taxas de ocupação das UTIs de Itapira, Mogi Guaçu e Mogi Mirim

Publicado em 30/08/2021 às 13:29

(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Com o avanço da vacinação, as taxas de ocupação nas UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) dos hospitais de Itapira, Mogi Guaçu e Mogi Mirim começaram a cair e, em alguns casos, não há mais pacientes internados por conta da doença.

De acordo com os boletins divulgados pelos três municípios no último domingo, 29, tanto o Hospital 22 de Outubro, de Mogi Mirim, quanto a Santa Casa de Itapira não tinham pacientes da doença internados em UTI. Em Mogi Guaçu, dos 61 leitos disponíveis no município, 16 são ocupados por pacientes da Covid, ou seja, ocupação de 26%.

De acordo com o vereador de Mogi Guaçu e médico Fernandinho Marcondes a vacinação é importante já que auxilia na queda de casos graves e de mortes nos municípios e apoia a aplicação de uma terceira dose.

“A vacina é fundamental no controle da pandemia, não porque impede a contaminação, já que mesmo pessoas vacinadas podem contrair e transmitir a doença, mas ela previne casos graves. Com o tempo, as vacinas perdem um pouco da eficácia e por isso é importante a terceira dose”, disse o vereador.

Outra área que sente impactos do avanço da vacinação são os bancos de sangue. Os casos graves da Covid demandavam muita transfusão de sangue e, com a queda nos números, já é possível imaginar uma estabilidade no estoque.

O coordenador do Banco de Sangue do Hospital Municipal de Itapira, Francisco Marella, disse que com o avanço da vacinação e a redução dos casos graves, a realização de campanas deve estabilizar o estoque do município.

“Eu percebi que está começando a haver um equilíbrio entre a oferta e o consumo de sangue. Mesmo assim continuaremos no limite. O principal fator que nos ajudou foi o avanço da vacinação, que reduziu o número de casos [de coronavírus]”, afirmou Marella.

Retrospecto

O Portal da Cidade recuperou e comparou os dados divulgados no dia 25 dos meses de junho, julho e agosto para entender como a doença tem sido combatida no município. Também serão citadas em quais etapas estavam as campanhas de vacinação. Importante reforçar que a imunização completa só ocorre 14 dias após a aplicação da segunda dose ou da dose única.

Itapira

No dia 25 de junho, Itapira registrava 8.257 casos, 239 óbitos e a taxa de ocupação de UTI no HMI e na Santa Casa eram, respectivamente, 100% e 66,6%. Naquele momento, a vacinação estava no grupo de pessoas com 47 anos e 40% dos itapirenses haviam recebido a primeira dose.

No dia 25 de julho, O município contabilizava 9.356 casos e 285 óbitos, um acréscimo de 46 mortes em relação ao mês anterior. A taxa de ocupação de UTI no HMI era de 87,5% e na Santa Casa era de 66,6%. A vacinação estava no grupo de nascidos em 1993 e, até aquele dia, 60% da população já havia recebido a primeira dose.

Já no dia 25 de agosto, Itapira contabilizou 9.744 casos da doença e 306 mortes. A taxa de ocupação da UTI do HMI é de 31,2% e não existem pacientes Covid internados na Santa Casa. A vacinação está nos adolescentes de 17 anos e mais de 76% da população já recebeu a primeira dose.

Vale ressaltar que Itapira é líder na vacinação entre os três municípios, com mais de 76% da população com a primeira dose aplicada.

Mogi Guaçu

No dia 25 de junho, o município registrava 17.406 casos e 496 óbitos. Na data, todos os leitos de UTI disponíveis no município estavam ocupados. A vacinação estava no grupo de pessoas com mais de 43 anos e já haviam sido aplicadas 77.020 doses nos guaçuanos.

No dia 25 de julho, Mogi Guaçu contabilizava 19.559 casos e 564 óbitos, um acréscimo de 68 mortes em relação ao mês anterior. Dos 71 leitos que estavam disponíveis em todo o município, 32 estavam ocupados por pacientes Covid, cerca de 45% do total. A vacinação contemplava pessoas com 30 ou mais e 113.251 doses já haviam sido aplicadas até o dia 28 do mesmo mês, segundo a Prefeitura.

Já no dia 25 de agosto, Mogi Guaçu contabilizou 20.439 casos e 581 óbitos. Dos 61 leitos disponíveis no município, 18 estão ocupados por paciente da Covid, ou seja, 29%. Até o momento, a cidade lidera no número de doses distribuídas, com 157 mil aplicadas.

Mogi Mirim

No dia 25 de junho, Mogi Mirim registrava 9.978 casos, 301 óbitos e a taxa de ocupação de UTI no Hospital 22 de Outubro e na Santa Casa eram, respectivamente, 200% e 70%. Naquele momento, a vacinação estava no grupo de pessoas com 43 anos e 50 mil doses haviam sido aplicadas.

No dia 25 de julho, O município contabilizava 11.023 casos e 330 óbitos, um acréscimo de 29 mortes em relação ao mês anterior. A taxa de ocupação de UTI no 22 de Outubro era de 75% e na Santa Casa era de 70%. A vacinação estava no grupo de pessoas com 30 anos ou mais e, até aquele dia, o município havia aplicado 76 mil doses.

Já no dia 25 de agosto, Mogi Mirim contabilizou 11.487 casos da doença e 344 mortes. A taxa de ocupação da UTI da Santa Casa é de 40% e não existem pacientes Covid internados no 22 de Outubro. A vacinação está nos adolescentes de 17 anos com comorbidades, deficiências permanentes, gestantes e puérperas e mais de 73% da população já recebeu a primeira dose.

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