Mogi Mirim enfrenta um aumento expressivo nos casos de dengue, conforme boletim divulgado pela Secretaria de Saúde de Mogi Mirim na tarde desta quinta-feira (11). São 3.258 casos notificados e 613 positivos. Há uma semana, a cidade havia 379 casos confirmados.
Os números mais recentes revelam uma escalada preocupante em relação às semanas anteriores. Do total de casos positivos, 89 foram classificados como importados, evidenciando a necessidade de controle não apenas local, mas também em relação às pessoas que viajam para áreas endêmicas.
A análise por faixa etária revela que a população mais afetada pela doença é a compreendida entre os 16 e 59 anos, representando 438 dos casos confirmados. No entanto, é alarmante também o registro de 93 casos em indivíduos com mais de 60 anos, que são considerados mais vulneráveis às complicações da dengue.
Quanto à distribuição por sexo, os dados indicam uma ligeira prevalência de casos no sexo feminino, com 318 casos, em comparação com 295 no sexo masculino.
A distribuição geográfica dos casos também chama a atenção, com maior incidência na zona norte, seguida pelas zonas leste e oeste do município. No entanto, é importante ressaltar que casos foram registrados em todas as regiões, incluindo áreas rurais e casos provenientes de outros municípios.
A ausência de óbitos até o momento é um alívio para as autoridades de saúde, porém, diante do aumento exponencial de casos, medidas preventivas tornam-se ainda mais urgentes.
O aumento significativo de casos desta semana se dá, principalmente, pela classificação clínico-epidemiológica dos casos notificados, onde pacientes que não retornaram para coleta de material para sorologia, mas possuem sintomas compatíveis com a dengue e residem em áreas com casos da doença, são considerados positivos.
Comparando com anos anteriores, os números de casos de dengue em Mogi Mirim têm oscilado, tendo 40 casos em 2021 e 155 casos em 2022. Porém, o ano de 2024 apresenta um aumento considerável em relação ao ano anterior, superando os 115 casos de 2023, sinalizando a necessidade de ações mais efetivas de controle e prevenção por parte das autoridades competentes.
Diante desse cenário preocupante, a Secretaria de Saúde reforça a importância da colaboração da população na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, bem como na adoção de medidas individuais de proteção, como o uso de repelentes e telas em janelas e portas.