Mogi Guaçu enfrenta surto de dengue e registra primeiro óbito suspeito do ano

Um homem de 47 anos, com comorbidades, foi registrado como o primeiro óbito suspeito de dengue em Mogi Guaçu. O falecimento ocorreu no início de abril e está sob investigação da Secretaria Municipal de Saúde, conforme informou a Vigilância Epidemiológica (VE).

Além desse trágico episódio, a cidade enfrenta um aumento expressivo nos casos da doença. No momento, há cinco pacientes internados por dengue, distribuídos entre o Hospital Municipal "Dr. Tabajara Ramos", a Santa Casa e o Hospital São Francisco.

Os números são alarmantes. Segundo o último boletim da VE, Mogi Guaçu contabiliza 676 casos confirmados de dengue, com mais 137 pacientes aguardando resultados de exames. Entre esses casos, dez apresentam sinais de alarme, indicando uma possível evolução para estágios mais graves da doença, enquanto dois já foram classificados como graves, podendo requerer internação em UTI.

Cristiana Monteiro Ferraz, bióloga da Vigilância Ambiental (VA), destacou que, historicamente, o pico de casos de dengue na cidade ocorre no final de abril, especificamente na semana epidemiológica 17, compreendida entre os dias 21 e 27. No entanto, ressalta que os resultados dos exames demoram cerca de duas semanas para serem divulgados, o que torna o controle e tratamento da doença ainda mais desafiadores.

O aumento nos casos de dengue em Mogi Guaçu reflete uma tendência negativa que não é exclusiva do município. Em 2023, por exemplo, até a segunda semana de abril, já haviam sido registrados 191 casos na cidade.

No ano anterior, o número chegou a 812 casos confirmados. Essa escalada preocupante se alinha a um cenário nacional, com o Brasil somando mais de três milhões de casos confirmados e 1.256 óbitos, segundo dados recentes do Ministério da Saúde. (Com informações do jornal Gazeta Guaçuana)