O mogimiriano José Luiz da Costa, professor na FCF (Faculdade de Ciências Farmacêuticas) da Unicamp, acaba de receber o prêmio mais importante na área de toxicologia forense, tornando-se o único latino-americano a conquistar essa láurea. Trata-se do Achievement Award, prêmio oferecido pela TIAFT (The International Association of Forensic Toxicologists) ou da Associação Internacional de Toxicologistas Forenses.
O prêmio é comparado ao ‘Oscar’ da toxicologia forense.. A ligação de José Luiz com Mogi Mirim é muito forte. Os pais, Nelson Bernardo Costa e Tereza Maria Rosa da Costa, ainda residem no Jardim Maria Bonatti Bordignon, na Zona Sul da cidade. “Meu avô paterno, Luiz Costa, tinha uma padaria onde hoje é o Banco do Brasil da praça Rui Barbosa”, lembra o professor.
Ele diz que, apesar do longo período vivendo longe da terra natal, jamais perdeu suas raízes mogimirianas. José Luiz deixou a cidade em 1997, quando foi cursar farmácia bioquímica na Universidade Federal de Alfenas. Em seguida, fez mestrado em toxicologia e análises toxicológicas da USP, onde também emendou o doutorado em química analítica.
Para completar o currículo brilhante, o professor ainda fez pós-doutorado na Unicamp e no National Institute on Drug Abuse dos EUA. Entre 2002 e 2016, José Luiz foi perito criminal do IC (Instituto de Criminalística) da Polícia Científica) do Estado de São Paulo. Nessa carreira, chegou ao cargo de diretor científico da Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica e presidente da Sociedade Brasileira de Toxicologia.
Em 2012, recebeu a medalha do Mérito da Polícia Técnico-Científica “Governador Mário Covas”, a maior honraria da Polícia Técnico-Científica do Estado de São Paulo.
ORGULHO
Em 2016, ele deixa a Polícia Científica para ingressar na carreira acadêmica, como professor titular da FCF da Unicamp. “Hoje, a qualidade das pesquisas em toxicologia forense realizadas na Unicamp está, seguramente, entre as melhores do mundo”, orgulha-se. José Luiz também coordena o CIATox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas), também na Unicamp
Sobre o prêmio, o mogimiriano diz que está muito feliz por receber essa láurea que, segundo ele, representa um reconhecimento internacional importante da qualidade do trabalho que desenvolve na toxicologia forense. “Nosso laboratório é reconhecido internacionalmente pela qualidade e relevância em toxicologia clínica e toxicologia forense”, finalizou.