Por volta das 13h30 deste sábado (23) uma mulher de 46 anos não aguentou mais as ameaças feitas por telefone do ex-companheiro e acionou a polícia. Ela já tinha uma medida protetiva expedida pela Justiça, um mecanismo criados pela Lei Maria da Penha para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar.
A ocorrência foi registrada na Avenida Santo Antônio, na região central. Ela tinha acabado de sair do trabalho e recebia ligações e mensagens do pai de seus filhos, dizendo que iria matá-la. A mulher parou o veículo e chamou o guarda municipal.
Uma equipe do GOC (Grupo de Operações com cães) esteve no local e no momento que atendia a vítima, o rapaz chegou de moto, alterado, gritando contra ela. Ele foi detido pelos guardas e levado para a delegacia.
À autoridade de plantão, a mulher contou que esteve casada por 11 anos e se separou recentemente e que tem dois filhos com o ex.
Ele não concordou com o fim do relacionamento e começou a ameaçá-la de morte com frequência, por isso pediu uma medida protetora.
Segundo a mulher, ele argumentava que ela o tinha traído, mas na verdade poderia estar sob efeito de drogas, por conta da agressividade. Na tentativa de evitar as ligações, disse que os dois voltariam a ficar juntos e que retiraria a queixa, mas as ameaças não paravam.
Neste sábado, ela cansou e chamou a polícia.
Ao delegado, o rapaz de 37 anos contou que tinha perdoado a traição da esposa e que estavam se acertando, mas não foi isso que ela contou à polícia.
Diante dos fatos, descumprindo a medida protetora, o delegado determinou o registo do boletim de ocorrência por ameaça e violência doméstica. O homem ficou à disposição da Justiça.