Símbolo do início do que marcaria a reindustrialização de Mogi Mirim, a primeira empresa anunciada neste terceiro mandato do prefeito Paulo Silva, a Arian Alimentos, decidiu encerrar as atividades na cidade para abrir uma nova unidade em Mogi Guaçu. O anúncio foi confirmado pela direção da empresa.
A Arian Alimentos é fabricante de produtos alimentícios. Tem como carro-chefe pães de alho para churrasco. A empresa foi anunciada em abril de 2021 pelo prefeito Paulo Silva como a primeira indústria do que marcaria a “nova fase” de “progresso” da cidade. O atual mandatário da cidade faz marketing que é responsável pelas indústrias que tem gerado mais empregos e renda ao município.
A própria página da Prefeitura nas redes sociais, em abril de 2021, propagou que a Arian Pão de Alho seria “a primeira de muitas indústrias que virão em nosso governo”. A empresa presente a Arthur Mariano, da dupla Munhoz & Mariano. Mas a permanência da empresa durou bem pouco.
O prefeito de Mogi Guaçu, Rodrigo Falsetti, divulgou nas redes sociais encontro com Arthur Mariano. “O centro de produção deverá chegar a Mogi Guaçu em janeiro de 2024 e gerar, inicialmente, cerca de 60 empregos diretos. Mais uma excelente notícia para o desenvolvimento econômico e a geração de trabalho e renda em nosso município. Pra fechar com chave de ouro um ano de muitos avanços nesse setor”, propagou Rodrigo.
A notícia marca o fim das atividades da primeira empresa trazida por Paulo Silva, que tem insistido em diversas frentes para ter sua marca na gestão. A da industrialização foi fartamente utilizada no seu primeiro mandato, de 1997 a 2000, o que contribuiu para a sua reeleição à época, inclusive com projetos que nunca saíram do papel, como o aeroporto internacional de cargas de Martim Francisco.
A direção da Arian Alimentos declarou ao Portal da Cidade que o prédio de Mogi Guaçu foi locado e que faltam detalhes para confirmar a mudança. “O projeto é de nos mantermos em crescimento no pão de alho e também em 2024 aumentarmos o mix de produtos de conveniência e práticos resfriados”, disse a diretoria da empresa.
O argumento da mudança é visando a redução dos custos de produção e adequação das necessidades de funcionamento. “O antigo prédio estava limitado para as adequações necessárias. A unidade de Mogi Mirim será desativada, a migração é total para o novo prédio”, declarou.
A empresa ainda ponderou que não houve nada que desabonasse a relação com Mogi Mirim. “Simplesmente encontramos um prédio mais barato e com melhor viabilidade de instalação no núcleo industrial de Mogi Guaçu. Continuaremos com todos os empregados residentes em Mogi Mirim normalmente”, informou.