As tentativas de golpe praticadas por duas moças que se faziam passar por funcionárias da Saúde, acabou prejudicando o trabalho dos verdadeiros agentes comunitários de saúde, os chamados ACS. Eles alegam que em virtude da divulgação de casos envolvendo essas duas golpistas, os ACSs passaram a ser hostilizados por alguns munícipes.
Esta semana, uma agente comunitária se queixou que foi ofendida por moradores da rua onde estava trabalhando. O mesmo vem sendo relatado pelos agentes de controle de endemias, os ACEs. Ao todo, quase 100 agentes atuam na Secretaria de Saúde e nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Em casos mais graves, houve até mesmo algumas tentativas de agressão.
Com o avanço da dengue na cidade, doença que está presente em todas as regiões, inclusive na Zona Rural, o trabalho desses profissionais é fundamental para mitigar a epidemia. O médico veterinário Rogério Marcos Garros, coordenador da vigilância ambiental e zoonoses do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da Secretaria de Saúde, lamentou o fato e faz um apelo à população.
“Em caso de dúvida, chamem a GCM (Guarda Civil Municipal) pelo telefone 153 ou (19) 3806-3193. Também exijam a apresentação de nosso crachá. Porém, jamais agridam essas pessoas”, orienta. Rogério coloca que o trabalho dos agentes no combate aos criadouros existentes nos quintais das casas tem sido uma das principais ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
DIFERENTE
Segundo o CCZ, mais de 90% dos criadouros estão nos quintais das residências. “Sem as visitas é difícil evitar a proliferação do mosquito”, reforça Rogério. Além disso, o veterinário lembra que o uniforme dos agentes, tanto da saúde como do controle de endemias, é completamente diferente do colete usado pelas golpistas. “Vamos prestar mais atenção e agir com calma para evitar situações constrangedoras contra esses trabalhadores que só querem o bem da população”, ponderou. O CCZ informou ainda que deve reiniciar as pulverizações costais no final de julho para combater o mosquito alado.
O veterinário explica que com as temperaturas mais amenas, a tendência é que os casos de dengue diminuam. No entanto, observa que as pulverizações devem continuar para que, quando o calor retornar, não haja uma nova explosão no número de casos. O veneno para o combate à dengue é distribuído, exclusivamente, pelo Governo Federal às secretarias estaduais que, por sua vez, repassam aos municípios.
