24 de março marca o dia de combate à tuberculose

Há 42 anos, o combate à tuberculose no Brasil e no mundo é lembrado no dia 24 de março. A data foi criada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 1982, em homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, pelo médico Robert Koch.

De acordo com a própria OMS, a cada ano, 4 milhões de pessoas com tuberculose são “esquecidas” pelos sistemas de saúde e ficam sem diagnóstico e tratamento. Vale ressaltar que cada infectado por essa doença pode contaminar outras 15 pessoas. A tuberculose também mata 4,1 mil pessoas diariamente no mundo, mesmo sendo uma doença evitável e tratável.

Em Mogi Mirim, como no restante do País e do mundo, a situação requer atenção e chega a preocupar. Nos últimos anos, cresceu o número de infectados pela doença.

De acordo com a coordenadora da VS (Vigilância em Saúde), Vivian Delalibera Custódio, há muitos casos novos, principalmente entre portadores de HIV, moradores de rua, egressos do sistema prisional, pessoas em situação de vulnerabilidade social, vítimas de abandono afetivo ou que simplesmente abandonaram o tratamento sem estar curadas.

Por isso, segundo ela, a Secretaria de Saúde, por intermédio da VE (Vigilância Epidemiológica) promove, anualmente, duas buscas ativas por pessoas suspeitas de estarem doentes. Se a pessoa apresentar tosse a mais de 15 dias, ela é levada a fazer o exame no Laboratório Municipal e, caso seja confirmada a doença, a Secretaria de Saúde encaminha o paciente para tratamento.

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges. A contaminação da tuberculose é direta, ou seja, de pessoa a pessoa. O doente expele o bacilo, ao falar, espirrar ou tossir.

A melhor forma de prevenir a transmissão da doença é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. Quinze dias após iniciada a terapia, a pessoa já não transmite mais a doença. O tratamento deve ser feito por um período mínimo de 6 meses, diariamente e sem nenhuma interrupção e só termina quando o médico confirmar a cura total do paciente.

Sinais e sintomas mais frequentes:

– tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue;

– cansaço excessivo e prostração;

– febre baixa geralmente no período da tarde;

– suor noturno;

– falta de apetite;

– emagrecimento acentuado;

– rouquidão.

Se apresentar esses sintomas, procure a UBS(Unidade Básica de Saúde) mais próxima de sua casa ou recorra à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Zona Leste, assim como o PSC (Pronto Socorro Central) da Santa Casa.