Um tremor de terra de 2.7 na escala Richter foi registrado em São Sebastião da Grama, próximo de Espírito Santo do Pinhal, na noite de quinta-feira (24). A confirmação foi feita pelo Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília).
Pelas redes sociais, internautas de São João da Boa Vista, Pinhal e Poços de Caldas (MG) também relataram ter sentido o abalo sísmico. De acordo com o Observatório o abalo, considerado de magnitude baixa, ocorreu por volta das 21h, próximo a divisa com Poços.
Segundo a instituição, o primeiro abalo foi às 20h48 e os tremores duraram até às 23h48 da mesma noite. Os bombeiros não realizaram ações de intervenção, pois nenhum dano estrutural foi relatado pelos moradores. Também, não houve feridos.
As informações constam do Portal G1 São Carlos e Araraquarara. Segundo a reportagem, a cabeleireira Ana Paula Morais, de São João da Boa Vista, contou ao g1 que estava preparando o jantar quando sentiu o tremor.
"Ouvi um barulho muito forte como se fosse um trovão bem forte, aí senti as paredes e o chão tremerem. Até em tão achei que fosse chuva, mas aí abri meu Facebook e vi que não era, que era tremor, e eu havia sentido", relatou.
De acordo com a Defesa Civil de São Sebastião da Grama não houve registros de chamados.
Sobre abalos
De acordo com a RSBR (Rede Sismográfica Brasileira), tremores com magnitude de 2 a 4 são semelhantes ao impacto da passagem de um veículo grande e pesado. Magnitude entre 4 e 6 quebra vidros, provoca rachaduras nas paredes e desloca móveis.
Ainda segundo a RSBR, magnitude entre 6 e 7 provoca danos em edifícios e destruição de construções frágeis. Magnitude entre 7 e 8 danos graves em edifícios e grandes rachaduras no solo e magnitude entre 8 e 9 provoca destruição de pontes, viadutos e quase todas as construções e magnitude maior que 9 destruição total com ondulações visíveis.
Tremores recentes (Com informações do Portal Estado de Minas)
Um dos últimos abalos registrados em Minas foi em Divinópolis (magnitude de 3,0), no dia 19 de janeiro deste ano. Pelas redes sociais, a RSBR explicou à época que não há razão para acreditar que esses tremores recentes não sejam de atividade sísmica natural.
“Sismos de magnitude 3,0 são bastante comuns no Brasil e em Minas Gerais. O estado já presenciou sismos de magnitudes bem maiores”, explica.
Vale lembrar que em janeiro de 1922, Mogi Guaçu registrou um dos abalos mais fortes registrados no Brasil, chegando a superar a magnitude 5 na escala Richter. Até hoje é considerado o maior sismo da região Sudeste. Na época, foi registrado apenas uma morte. Foi um guaçuano que, assustado com o tremor, faleceu vítima de um infarto.
