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RESULTADO DE 2023

Mogi Mirim tem o pior saldo de empregos no varejo dos último 4 anos

Desafios econômicos no varejo do município refletem tendência nacional de desaceleração no emprego, aponta estudo da FecomercioSP

Publicado em 10/03/2024 às 14:00
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Prédio comercial da rua 15 de Novembro para alugar: retrato da falta de empregos no setor (Foto: Claudio Felício/Portal da Cidade)

Segundo o estudo elaborado pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado) e o Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Serviços e Turismo de Mogi Mirim), o setor de empregos no varejo de Mogi Mirim registrou o menor avanço dos últimos quatro anos. Em 2023, o mercado de trabalho celetista do setor varejista de mogimiriano testemunhou o menor crescimento desde 2020.

Com apenas 25 postos de trabalho criados com carteira assinada no ano passado, após o registro de 2.545 admissões e 2.520 desligamentos, o saldo positivo foi 80,3% menor do que o visto em 2022. Em 2022, foram geradas 127 vagas, e em 2021, 236 empregos foram criados, conforme revela o gráfico 1 do estudo da FecomercioSP.

Os dados detalhados fazem parte do estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado de São Paulo (FecomercioSP), em colaboração com o Sindicato do Comércio Varejista de Serviços e Turismo de Mogi Mirim Nova, baseado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Ao analisar os grupos de atividades do varejo de Mogi Mirim, o estudo revela as maiores diferenças de saldos empregatícios entre os balanços de 2022 e 2023. Notavelmente, setores como o comércio de combustíveis para veículos automotores, varejo de materiais de construção, vidros, ferramentas, tintas e similares, e farmácias, perfumarias e lojas de artigos médicos e ópticos sofreram declínios significativos no número de vagas.


No entanto, o segmento de vestuário, calçados e outros artigos novos foi uma exceção, registrando um crescimento no saldo de empregos. Em 2022, foram gerados 15 postos, e em 2023, esse número subiu para 46 novos vínculos empregatícios.

A desaceleração de empregos com carteira assinada foi discutida em reunião na sexta-feira (8) entre o Sincomercio e a FecomercioSP. Em pauta estava a discussão das demandas e os desafios enfrentados pelos setores de comércio e serviços na região.

O encontro teve como anfitrião o presidente do Sincomercio de Mogi Mirim e conselheiro do Senac, José Antonio Scomparin, e também contou com as participações do presidente-executivo da FecomercioSP, Ivo Dall’Acqua Júnior, do assessor econômico Jaime Vasconcellos e do assessor jurídico Paulo Igor.

Além de Mogi Mirim, estiveram presentes representantes de sindicatos do Comércio Varejista de 15 cidades pertencentes à Câmara Regional Sudeste: Itu, Jundiaí (varejista, feirantes e vendedores ambulantes), São Roque, Itararé, Sorocaba, Itapetininga, Itapeva, Itapira, Campinas (varejista, lojista, feirantes e vendedores ambulantes), Piracicaba, Limeira, Americana, Rio Claro, Mogi Guaçu, Osasco.

AVALIAÇÃO

Jaime Vasconcellos, assessor econômico da FecomercioSP, aponta que a desaceleração era esperada após os avanços de empregabilidade com a reabertura dos estabelecimentos, após o período crítico da pandemia. “Vínhamos de um período com pressão inflacionária, que levou à necessidade de elevação dos juros para sua contenção, fora o avanço generalizado de endividamento e inadimplência familiar”, explica Jaime.

A tendência de desaceleração no varejo de Mogi Mirim reflete o panorama dos mercados de trabalho do setor no estado de São Paulo e no Brasil. O fim dos efeitos positivos da reabertura pós-covid, aliado à conjuntura econômica mais adversa, ocasionou o arrefecimento do ritmo de crescimento da geração de empregos celetistas no Comércio, trajetória que deve se manter em 2024, principalmente no primeiro semestre.

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