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CRIME BRUTAL

Julgamento do assassinato das enfermeiras é adiado

O réu Mateus Campos Noronha iria a júri popular no Fórum de Artur Nogueira na próxima segunda-feira (23)

Publicado em 20/03/2020 às 07:27

Maria (à esquerda) e Alessandra foram brutalmente mortas em dezembro de 2018 (Foto: Divulgação)

Em virtude das medidas adotadas em todo o país para conter a pandemia do Covid-19 (Novo Coronavírus), o julgamento do ex-cuidador de idosos, Mateus Campos Noronha, 29, acusado de matar duas auxiliares de enfermagem que trabalhavam na Santa Casa de Mogi Mirim, precisou ser adiado.

O objetivo é evitar aglomerações no local. Noronha iria a júri popular no Fórum de Artur Nogueira na próxima segunda-feira (23), com o julgamento previsto para começar às 9h00. O Fórum da cidade vizinha não comunicou a nova data, mas alguns jurados mogimirianos que participariam do julgamento foram avisados do adiamento.

Esse crime bárbaro aconteceu na noite do dia 13 de dezembro de 2018, na zona rural de Artur Nogueira. Na época, o réu alegou que teve um surto psicótico após fazer uso de cocaína. Maria Sivoneide de Oliveira de Souza Morais, 44, Alessandra Francisca de Paula Barbosa, 41, ambas moradores de Conchal, foram brutalmente espancadas até a morte.

Noronha ainda passou com o carro por cima dos corpos. O réu conhecia Alessandra, por quem estaria “apaixonado”. Ele também morava em Conchal e já havia trabalhado com ela em um asilo daquela cidade. Na noite do crime, ele pediu carona até a rodoviária de Mogi Mirim.

De lá, as vítimas seguiriam para a Santa Casa para começar mais um turno de trabalho. Porém, na vicinal que liga Conchal a Artur Nogueira, Noronha começou uma forte discussão com Alessandra. Mesmo assim, ela conseguiu acalmá-lo e convencê-lo a se internar em uma clínica para dependentes químicos em Artur Nogueira.

A própria Alessandra se ofereceu para levá-lo até o local. Aparentemente, ele concordou, mas no meio do caminho, aconteceu a tragédia. De repente ele começou a agredir as vítimas com socos e pontapés. Primeiro, deixou Alessandra inconsciente e depois partiu para cima de Maria. Em seguida, tirou-as do carro e continuou a barbárie.

BRUTALIDADE

Quando as duas ficaram imóveis, o homicida ainda passou com o carro por cima dos corpos. Após o crime, Noronha se apoderou do Ford Fiesta de Alessandra e fugiu. Ele foi encontrado, horas depois, em uma estrada de terra no bairro rural da Bocaina, em Mogi Mirim, andando a esmo, apenas de cueca.

Ao ser abordado por uma patrulha a GCM (Guarda Civil Municipal), Noronha disse que havia sido assaltado, mas a história não convenceu os guardas municipais. Logo em seguida, acabou confessando o duplo assassinato e levou os GCMs até onde estava o carro.

Já os corpos de Maria e Alessandra foram encontrados por um agricultor, no bairro rural de Felipada, em Artur Nogueira, logo pela manhã. Noronha já tinha passagens pela polícia por violência contra a mulher, quando morava em São José do Rio Pardo, em 2017.

O crime que iria a julgamento na próxima segunda-feira chocou toda a região pela brutalidade e covardia de Noronha. O caso ganhou as manchetes na mídia nacional, causando consternação, principalmente entre os colegas das auxiliares de enfermagem em Conchal e Mogi Mirim.


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