Situação das escolas em Mogi Mirim é tema de debate em sessão na Câmara

A secretária municipal de Educação, Ana Lúcia Peruchi, foi cobrada pelos vereadores sobre as condições dos prédios escolares durante a sessão legislativa da noite de segunda-feira (4) na Câmara de Mogi Mirim. Ana Lúcia participou da sessão após ter sido convocada pela vereadora Joelma Franco (PRB).

Ao longo das últimas semanas, os vereadores têm expressado crescente preocupação com a condição das escolas em nosso município. Durante a sessão, os vereadores destacaram uma série de questões estruturais que têm afligido os estabelecimentos de ensino, incluindo danos nas paredes, deterioração dos tanques de areia e a presença alarmante de mofo.

Aproveitando a presença da secretária de Educação, os vereadores não hesitaram em questioná-la sobre essas preocupações, levantaram questões pontuais sobre as medidas que estão sendo tomadas para abordar os problemas estruturais nas escolas e buscaram respostas concretas sobre os planos futuros para garantir um ambiente educacional seguro e saudável para os alunos e professores.

Durante a sessão, Ana Lúcia destacou que a rede atende regularmente 8.240 alunos, dos quais aproximadamente 200 possuem alguma síndrome. Ela enfatizou que a secretaria tem parcerias fundamentais com a APAE e a Fonte Viva, que se dedicam a atender esse segmento específico da comunidade escolar. A APAE atende 66 alunos, enquanto a Fonte Viva, instituição presente na cidade há mais de 20 anos, cuida de 25 alunos, todos matriculados em escolas municipais de educação básica.

No ano letivo de 2024, foram atribuídos 29 professores de apoio por meio de concurso público, além da contratação de mais 25 professores, totalizando 53 profissionais na rede. Adicionalmente, foram contratados 35 monitores para atender crianças com necessidades especiais, somando um total de 88 profissionais dedicados ao atendimento de 200 crianças com síndromes.

Destacando a importância da capacitação, a secretária informou que foi firmada uma parceria com o Senac para oferecer um curso aos professores voltado para o trabalho com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse curso terá duração de 16 horas e será ministrado às quartas-feiras após o horário de trabalho pedagógico coletivo.

Além das questões relacionadas ao atendimento especializado, a secretária também abordou a questão do transporte escolar no qual foi questionada, informando que a rede atende 1.233 alunos na zona rural, 731 com passe urbano e 169 com subsídio universitário. Destacou ainda que é disponibilizado transporte para mães que possuem filhos com TEA poderem levar seus filhos a escola.

Entretanto, nem todas as notícias foram positivas. A secretária revelou que houve uma redução significativa no número de merendeiras, passando de 101 para 71, devido a motivos como óbito, exoneração e aposentadoria. Para lidar com essa situação, o prefeito Paulo Silva (PDT) autorizou a adição de 30 novas merendeiras.

ENSINO INTEGRAL

No que diz respeito ao ensino em período integral, a secretária mencionou que 475 alunos estão matriculados na educação infantil em tempo integral, enquanto 1.882 alunos do ensino fundamental participam de atividades no contraturno, sendo acolhidos por cerca de 10 entidades conveniadas. A Secretaria de educação destina mensalmente 400 mil reais para auxiliar essas instituições, considerando o trabalho realizado como um "sucesso".

Por fim, a secretária de Educação mencionou a proposta do Ministério da Educação (MEC) para implantar o ensino integral nas redes municipais. Mogi Mirim foi contemplada com 159 vagas para três escolas, com um investimento de 329 mil reais. Segundo ela, isso trará mais conforto para as famílias dos alunos.