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Museu de Arte de Mogi Mirim traz artistas variados e valoriza a cultura local

Projeto de inciativa privada se tornou realidade em meio à pandemia ao oferecer um espaço dedicado à apreciação cultural e artística para a região

Publicado em 04/04/2024 às 06:53

(Foto: Cláudio Felício/Portal da Cidade)

Em pleno cenário da pandemia da covid, Valter José Polettini e Sidnei Cirilo de Oliveira Sá concretizaram um antigo sonho. Eles adquiriram, com recursos próprios, o casarão localizado na rua Dr. Ulhoa Cintra, 399, no centro de Mogi Mirim, para literalmente abrir as portas para a cultura. Foi assim que surgiu o MAMM, o Museu de Arte de Mogi Mirim.


Após 45 anos servir de residência da família Ribeiro, o imóvel passou para as mãos de Válter e Sidnei em junho de 2020. Mas, é importante deixar claro que o projeto do MAMM começou a ganhar forma na década de 1980, quando Valter Polettini nutriu a ideia de construir um museu de arte em sua cidade natal.

Após décadas de planejamento e esforço, finalmente, em dezembro de 2023, o Museu de Arte de Mogi Mirim foi inaugurado, marcando o ápice de um projeto de vida.

Valter se organizou financeiramente e apresentou à Prefeitura um projeto de tombamento do imóvel. Após ter o projeto aprovado na Câmara, contratou um arquiteto, fez um contrato com a construtora e iniciou as obras em 16 de janeiro do ano passado.


“Nós fizemos o requerimento pedindo tombamento. Depois ocorreu a audiência pública com os quatro conselhos municipais, Conselho do Patrimônio, Conselho do da Cultura, Sedoc e inclusive o de Turismo para submeter o pedido de tombamento. Foi um processo inverso, porque ao invés da Prefeitura entrar com projeto de tombamento de um particular, foi o particular que pediu para a Prefeitura tombar o imóvel”, explicou Valter Polettini, que por décadas se dedicou como diretor-geral da Câmara de Mogi Mirim.

Todo o processo de construção foi meticuloso, desde a aquisição do imóvel até a inauguração, com especial atenção aos detalhes por parte dos curadores, como a escolha das cores das paredes até a disposição das obras e iluminação. Exatos 11 meses do início das obras, o museu teve sua inauguração no dia 16 de dezembro.


Valter e Sidnei asseguraram que a essência mogimiriana fosse preservada em cada detalhe do museu. Ambos garantiram que todo o trabalho necessário para a realização do museu fosse conduzido por empresas de Mogi Mirim.

Desde a reforma estrutural até os sistemas elétricos e demais aspectos, cada etapa foi realizada por profissionais locais, refletindo o orgulho e a dedicação da cidade à sua rica herança cultural.

O museu reconhece a importância de valorizar os artistas locais, dedicando sua primeira exposição inaugural majoritariamente a eles. Com um acervo permanente composto por 85 artistas e mais de 190 títulos, e uma exposição temporária de 40 artistas apresentando uma obra cada, o MAMM oferece um panorama diversificado da produção artística regional e nacional. O acervo do museu é resultado de mais de 40 anos de colecionismo, abrangendo diversos estilos e correntes artísticas.

Além dos fundadores, o museu conta com Erika Cândido, graduada em Pedagogia e Arte Educação, como coordenadora. O espaço promove frequentemente visitas educativas, palestras e eventos para a comunidade, além de receber instituições de ensino e projetos sociais.

Sidnei compartilhou um pouco sobre a dinâmica das atividades realizadas no local. "Os eventos geralmente são realizados aos sábados, das 10 (horas) ao meio-dia. Temos uma frequência de público de 80 a 100 pessoas quase toda semana nossa, a maior parte dos sábados tem evento aqui", disse.

Além de exposições e eventos culturais, o Museu de Arte de Mogi Mirim agrada aos visitantes com uma cafeteria que oferece uma variedade de produtos artesanais. Desde deliciosos lanches a bebidas cuidadosamente preparadas, os visitantes têm a oportunidade de desfrutar de uma pausa gastronômica enquanto exploram as maravilhas do museu. Isso ajuda a melhorar a experiência dos visitantes.

"Este museu tem sido o meu sonho desde o início dos anos 80, e finalmente se tornou realidade. Durante mais de quatro décadas, sonhar foi gratificante, mas testemunhar a transformação desse sonho em realidade é verdadeiramente emocionante", declarou Valter Polettini.





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