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BAIRRO DO BRUMADO

Cemitério clandestino de cães e gatos é descoberto pela GCM na Zona Rural

Denunciantes gravaram um vídeo que mostra todo o percurso de uma clínica veterinária em Martim Francisco até o descarte na propriedade rural

Publicado em 10/11/2022 às 15:59
Atualizado em

(Foto: Cláudio Felício/Portal da Cidade de Mogi Mirim)

(Foto: Cláudio Felício/Portal da Cidade de Mogi Mirim)

(Foto: Cláudio Felício/Portal da Cidade de Mogi Mirim)

(Foto: Cláudio Felício/Portal da Cidade de Mogi Mirim)

A GCM (Guarda Civil Municipal) descobriu um cemitério clandestino de animais em Mogi Mirim. Pelo menos quatro carcaças de cães e gatos, de tamanhos variados, foram encontradas em sacos de lixo em uma chácara no bairro rural do Brumado, no início da tarde desta quinta-feira (10). A suspeita é de que o cemitério clandestino funcione há bastante tempo. 

O caso começou a vir à tona por volta das 13h00, quando os guardas civis Wiliam e Palomino receberam informações, por meio de uma denúncia anônima, de que esse local estaria sendo usado para descarte de animais mortos.  Ao checarem a informação, eles constataram a veracidade da denúncia.

No local, há uma voçoroca que fica dentro de uma grande área de mata fechada. Foi nesse local, em uma vala de mais de sete metros de profundidade, que foram encontrados vários sacos plásticos pretos com restos mortais de cães e gatos. Um dos pets localizados por meio de uma etiqueta no saco de lixo, era de um  gato que teria morrido de insuficiência renal.

A denúncia feita aos guardas municipais também dava conta de que o descarte estava sendo feito por uma clínica veterinária localizada no distrito de Martim Francisco. Um dos denunciantes, inclusive, fez um vídeo do veículo, uma Fiat Palio com a logomarca da clínica, que havia acabado de descartar um animal no local.

O denunciante conseguiu gravar todo o percurso entre a clínica e a chácara do Brumado. O imóvel rural e a clínica em Martim Francisco, segundo apurou a reportagem do Portal da Cidade, pertencem a uma médica veterinária. Mesmo assim, ela se recusou a depor na Polícia Civil, preferindo enviar seu advogado que foi ouvido pela delegada Raquel Casalli, que ficará encarregada do caso.

Peritos do IC (Instituto de Criminalística) da Polícia Científica também foram acionados, assim como agentes da Vigilância Sanitária. "Isso é um caso de crime contra a saúde pública", adiantou um dos agentes.

O descarte clandestino de animais é crime ambiental, já que o chorume dos animais mortos pode ter contaminado várias minas d'água existentes naquela área de mata, assim como o lençol freático. Além disso, a decomposição dos corpos desses bichos é uma ameaça à saúde humana e de outros animais.

GOLPE

Outras informações que a GCM e a Polícia Civil apuraram no local é que a clínica realizava o atendimento de cães e gatos e quando ocorriam os óbitos, ao invés de descartar as carcaças corretamente, por intermédio de uma empresa especializada, ensacavam e jogavam os animais no cemitério clandestino do Brumado. 

No entanto, para os donos dos pets, a informação era de que os animais haviam sido entregues à uma empresa especializada que iria incinerá-los. Para isso, era cobrado uma taxa, algo em torno de R$ 10,00 por quilo do animal morto, para custear o serviço que jamais seria realizado. 

Em Mogi Mirim, somente a empresa Sterlix é quem faz esse tipo de trabalho, recolhendo animais mortos e dando a devida destinação a eles. Segundo a reportagem do Portal apurou, os policiais identificaram que em, 2022, a clínica de Martim Francisco, só acionou a empresa uma única vez, até a presente data.

A Polícia Civil também realizou uma investigação na clínica, onde documentos estão sendo checados e alguns medicamentos vencidos foram encontrados. Os animais que estavam na voçoroca foram retirados pelos homens do Corpo de Bombeiros no final da tarde, num trabalho árduo, já que a área é de difícil acesso. Amanhã, as carcaças desses animais deverão ser levados à Sterlix para uma destinação adequada. 

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