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LUTO

Morre o artista Tóride Sebastião Celegatti

Aos 83 anos, artista deixou um legado de grandes obras que ajudam a contar a história de Mogi Mirim

Publicado em 11/07/2020 às 00:08

Aos 83 anos, artista deixou um legado de grandes obras que ajudam a contar a história de Mogi Mirim (Foto: Rogério Manera/Aquivo Pessoal)

Um artista nato, de talento ímpar. Tudo o que produziu em muitos anos, foi por amor, por pura dedicação. O talento de Tóride Sebastião Celegatti, de 83 anos, ficará eternizado na memória de mogimirianos e de todos aqueles que possuem um apreço pela história e pela arte. Tóride faleceu na manhã deste sábado, dia 11. Lutava contra um câncer. A causa da morte foi pneumonia, após passar os últimos dias internado no Hospital 22 de Outubro. 

O talento começou a ser lapidado desde cedo. O mogimiriano de nascimento trabalhou carregando malas de viajantes, narra a historiadora Rosana Júlia Bronzatto de Azevedo, em um testemunho reproduzido nas páginas do jornal A Comarca de 8 de julho de 2017, na coluna “Pintaca & Rosana, em histórias da Cidade Simpatia”.

O filho de Benedito e Melaíde nasceu em 8 de fevereiro de 1937. Trabalhou em vários segmentos, incluindo no setor de tornos da Balestro e na Marangoni. Tantas grandes empresas que trabalhou levou Tóride a abrir seu próprio negócio, uma oficina mecânica.

“Tóride desenvolveu o gosto por coleções variadas, que envolvem selos, medalhas, material de demolição de prédios históricos da cidade, instrumentos musicais antigos, dentre outras relíquias. Tóride fabricou um telescópio e desenvolveu projetos interessantes voltados à música, construindo gramofones, violinos, harpas, alaúdes, cítaras, violoncelos e peças musicais utilizadas por antigos, no oriente, além de vitrolas adaptadas”, conta Rosana Bronzatto.

Tóride se especializou. Assina diversas obras que retratam fielmente personagens e passagens dos primórdios de Mogi Mirim. Ele assina livros ilustrados, que ajudam a contar momentos importantes da valiosa história de Mogi Mirim. Tóride foi diferenciado em tudo.

O mogimiriano também se notabilizou por reproduzir o menino com guarda-chuvas da Praça Floriano Peixoto, o Jardim Velho. Restaurou peças, produziu novos exemplares de suas obras. O porão de sua casa se transformou em um ateliê. Tóride se diferenciou.

Tóride foi casado com Elza, teve quatro filhos e netos. Deixou um legado para Mogi Mirim. Sua última participação em ato público ocorreu nas obras da futura praça “Jornalista Valter Abrucez”, ao lado do Centro Cultural, onde deixou sua marca, ou melhor, suas duas mãos gravadas em cimento, no dia 22 de junho deste ano.

Fotos: arquivo, Rogério Manera.

Informações: Rosana Bronzatto, jornal A Comarca.




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