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TUDO PARADO AINDA

Greve: educação e saúde precisam funcionar com mínimo de 30%

Audiência no TRT não foi conclusiva, paralisação permanece em Mogi Mirim e Administração Municipal culpa “viúvas de Carlos Nelson” pelo movimento

Publicado em 01/04/2022 às 09:00
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A greve dos servidores municipais continua em Mogi Mirim. A audiência realizada na tarde de quinta-feira (31) no TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho) de Campinas não houve acordo e o movimento segue nesta sexta-feira, 1, porém, com uma decisão já acatada: setores da saúde e educação precisam funcionar com o mínimo de 30% de trabalhadores presentes.

Nesta semana, muitas destas unidades da saúde e da educação tiveram os serviços afetados devido à adesão parcial ou até total do movimento grevista. O sindicato da categoria pede aumento pela inflação, e não os 2% propostos pela Prefeitura, que apresentou ainda um amplo plano de reposição maior para os salários inferiores, o que é chamado de “justiça social”, rejeitado pela categoria.

A medida de garantir o funcionamento mínimo na saúde e educação foi considerada como vitória para a Prefeitura. Em áudio enviado num grupo do primeiro escalão do prefeito Paulo Silva, o secretário de Governo, Massao Hito, falou que a manutenção do funcionamento de unidades de saúde, creches e escolas foi uma vitória e culpou as “viúvas de Carlos Nelson” pelo movimento continuar existindo.

E pediu para cada receptor da mensagem intensifique a campanha para que a proposta da Prefeitura de justiça social com os que ganham menos seja aceita pela maioria. Também na audiência, a Prefeitura apresentou a nova proposta de avaliação de aumento a cada quatro meses, sobre a receita líquida do município, algo que já foi negado em assembleia dos servidores nesta semana.

O TRT também garantiu ao sindicato que os descontos de salários estão suspensos, até que a ação seja totalmente decidida mais à frente.

A Prefeitura se comprometeu a enviar lista de funcionários dos postos de saúde, de creches e escolas para que o movimento grevista faça a adequação até segunda-feira. A ideia é seguir o que foi decidido na audiência.

Sobre a reposição salarial, segundo o sindicato, a “administração municipal continua irredutível”.

Mais uma vez haverá manifestação nesta sexta-feira, em frente da Estação Educação, onde está o gabinete do prefeito Paulo Silva, que declarou nesta quinta-feira que a Prefeitura não tem mais nada a oferecer.


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