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USO CORRETO

UPA orienta população a procurar unidade somente em urgências e emergências

Atualmente, cerca de 80% dos casos poderiam ser resolvidos em UBSs que acabam subaproveitadas

Publicado em 15/03/2023 às 15:56

(Foto: Divulgação Prefeitura)

Apesar de investimentos superiores a R$ 3,2 milhões em reformas e ampliações das UBSs (Unidade de Pronto Atendimento) em todas as regiões da cidade, além da contratação de mais médicos e de mais horas/médicos, a maior parte da população ainda procura a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para resolver casos simples, que poderiam ser tratados nas unidades da rede de atenção primária à Saúde. 

Quem diz isso é a gerente administrativa da UPA, a enfermeira Gisele Barreto Felix Luz, que revela ainda que 80% dos casos atendidos naquela unidade, na verdade, seriam facilmente resolvidos nas UBSs. “Em muitos casos, as pessoas vêm até a UPA, aguardam um tempão e, no mesmo horário, a unidade de atenção primária do bairro onde ela vive está com um menor número de pacientes”, compara.

Gisele, que trabalha para a organização social IAFA (Instituto de Apoio à Família) e que há algumas semanas assumiu a administração da UPA da Zona Leste, afirma que, nesses primeiros dias, já foi possível observar que a maioria dos casos é de ficha “azul”, ou seja, sem urgência e que pode ser atendido em até 240 minutos, conforme preconiza o Protocolo de Manchester.

Por esse sistema, pacientes com ficha vermelha (emergências) tem prioridade total. Já os de ficha amarela (urgência moderada), merecem atenção e devem passar à frente em relação aos casos de pacientes de ficha verde (pouco urgente) ou azul (nenhuma urgência). Pacientes fichas verde ou azul chegam à UPA com queixas de baixa ou nenhuma gravidade.

“Além de esperar um tempo maior, poderão aguardar ainda mais se, por ventura, chegarem casos como uma parada cardiorrespiratória, dentre outras emergências”, explica Gisele. Ela ressaltou ainda que a população precisa se conscientizar sobre o funcionamento do sistema de Saúde do Município, para tirar o máximo de proveito dos atendimentos.

RISCO DESNECESSÁRIO

Ela cita que casos ortopédicos (fraturas, etc), por exemplo, devem ser levados diretamente à Santa Casa, assim como as urgências obstétricas. Gisele adverte que a pessoa que procura a UPA, sem necessidade imediata e que são mais de 80%, além de gerar mais espera, ficam expostas a riscos desnecessários, como a contaminação por covid-19.

“Somos o local de referência de atendimento dos infectados e quem está com o sintoma de covid, primeiro procura a UPA”, pondera. A gerente administrativa da unidade conta que, atualmente, a média de atendimento diário é de 250 pacientes, mas há dias em que atinge o pico de 400 pacientes. Por último, Gisele acredita que o novo PSC (Pronto Socorro Central), que deverá ser inaugurado em maio, haverá um alívio à UPA, uma vez que ocorrerá uma redistribuição de pacientes. “Hoje, muita gente que procura atendimento na Zona Leste, vai optar pelo Centro”, finalizou.

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