Na última segunda-feira (13) a secretária municipal de Saúde de Mogi Mirim, Clara Alice Franco de Almeida Carvalho, foi uma das oradoras na abertura da 3ª Conferência Estadual de Saúde Mental realizada em Águas de Lindoia. O evento contou com a presença do secretário executivo de Estado da Saúde do Estado de São Paulo, Sérgio Okane, além de diversas autoridades municipais e estaduais.
Clara substituiu o presidente do COSEMS (Conselho dos Secretários Municipais de Saúde), Geraldo Reple, que teve que cancelar a participação de última hora. Ela aproveitou para falar sobre um dos eixos da conferência, ou seja, a política de saúde mental como direito e pela defesa do cuidado em liberdade.
Ela também fez a defesa dos avanços e garantias dos serviços da atenção psicossocial no SUS (Sistema Único de Saúde), assim como salientou a importância da saúde mental no contexto atual da saúde dos municípios. Já entre os outros conferencistas, destacou-se a procura crescente pelos serviços e ações de saúde mental oferecidos pelo SUS.
De acordo com um relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde), em 2022, quase um bilhão de pessoas, incluindo 140 milhões de adolescentes, viviam com algum tipo de transtorno mental. Outra informação importante trazida pela conferência foi que a depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia. Todos, porém, elogiaram os avanços na forma como os serviços de emergência, em especial dos CAPS e seus trabalhadores e gestores, se desdobraram para procurar formas alternativas de atendimento durante a pandemia.
Para os presentes, não há dúvidas que sem esse trabalho, como as consultas em grupo, via online, a situação teria sido muito pior. Também mereceu elogios o fornecimento de medicação, entre outras ações que não foram interrompidas durante a pandemia.
PÓS-COVID
No final da conferência, ficou um alerta aos participantes sobre os casos de pós-covid, o aumento de crianças e adolescentes em sofrimento mental, o crescente aumento nos casos de suicídio, autolesões, quadros de depressão e ansiedade, assim como o aumento de casos de violência doméstica.
Nos próximos 3 dias, os delegados deverão escolher, dentre as prioridades enviadas de cada regional de saúde, as quais unificam os interesses de usuários, trabalhadores e gestores, além de expressam o anseio da população paulista para o desenvolvimento da rede de cuidado e serviços em saúde mental.
As propostas serão defendidas durante a 5a Conferência Nacional de Saúde Mental, promovida pelo CNS (Conselho Nacional de Saúde) e que está prevista entre os dias 16 e 19 de maio de 2023, em Brasília (DF). Também estiveram presentes na Conferência Estadual, a representante do CNS, Fernanda Magano, Mário Alexandre Moro, conselheiro municipal de Saúde de Santo André e representante dos usuários, além do vice-prefeito de Águas de Lindoia, João Batista Orrú.
