A Prefeitura de Mogi Mirim deve retomar neste final de semana a fiscalização nas ruas quanto ao cumprimento das regras para enfrentamento do Covid-19, como evitar aglomerações, uso obrigatório de máscaras e respeito às exigências de capacidade de atendimento do comércio. Desta vez, o município terá o reforço da Polícia Militar.
Em entrevista na manhã desta quarta-feira (13) ao jornalista Geraldo Vicente Bertanha, nos estúdios da Rádio Transertaneja, a Secretária Municipal de Saúde, Clara Alice Franco de Almeida Carvalho, disse que a fiscalização ainda não foi retomada porque os agentes estavam aguardando as perspectivas de ações desta natureza do novo governo. “Na verdade, não muda nada, porque a pandemia não é de Mogi Mirim, ela é mundial”, frisou.
Diante do afrouxamento no distanciamento social, do aumento de casos de Covid-19 e com o novo decreto publicado nesta quarta-feira, que prorroga a quarentena e reforça as restrições nas atividades dos serviços não essenciais, com limitação na capacidade de ocupação e horário reduzido de funcionamento e atendimento, o setor está se reorganizando para voltar a fiscalizar.
“A partir de amanhã (quinta-feira), estaremos sentando com o COE (Centro de Operações Emergenciais) para definir um cronograma de fiscalização. Não posso fazer com que os nossos fiscais trabalhem de segunda a domingo, de dia e a noite. Então, fazemos fazer um planejamento. E sexta (15) e sábado (16), estaremos com a fiscalização na rua”, anunciou Clara.
Pelo decreto municipal, a ação fiscalizadora é desempenha por servidores da Secretaria de Saúde, Vigilância Sanitária, Central de Fiscalização e Guarda Civil Municipal. Na entrevista, Clara informou que o Governo do Estado está solicitando à PM que também faça parte dessa atividade. “O comando daqui já se colocou a corporação à disposição”, reforçou a secretaria.
Clara não esconde a preocupação com o avanço da doença. Ela atentou para o relaxamento do isolamento social no mês de dezembro para a realidade atual dos números. “As pessoas relaxaram antes do Natal e saíram de cada sem se protegerem corretamente. Tanto que antes do Natal, o número de internados em UTI Covid era baixo. Depois, cresceu e vem mantendo numa média alta”, comentou.
E esse cenário não acontece apenas na Santa Casa. “No Hospital 22 de Outubro a taxa de ocupação dos leitos de UTI Covid também está alta. E tanto na Santa Casa, quanto no 22, quando abre uma vaga, nem sempre é porque o paciente teve alta, mas porque faleceu. Por isso, precisamos da vacina para diminuir a circulação do vírus e, consequentemente, da mortes”, defendeu.
A secretaria fez um alerta para a população. “A pandemia não acabou. Pelo contrário, ainda estamos no início da segunda onda. Com uma nova variante do vírus com uma transmissão muito mais rápida e com mais gravidade. Agosto foi o mês com maior número de internados em UTI. Hoje, estamos passando o mês de agosto”, atentou.
