A reabertura da Uana (Unidade de Atendimento Não Agendado) na Santa Casa, fechada há mais de quatro anos, ainda deve demorar um pouco mais para acontecer. É que, neste primeiro momento, o objetivo do prefeito Paulo de Oliveira e Silva (PDT), é a recuperação financeira da Irmandade. Além disso, a gestão da Uana, quando for reaberta, deverá ser terceirizada, em razão da lei federal que impede a realização de novos concursos até o final do ano.
“Estamos fazendo um estudo interno sobre a viabilização, pois a despesa para manutenção é alta e temos que ver se as finanças da Prefeitura irão suportar. E como não podemos contratar novos funcionários, teremos que terceirizar a gestão. Ainda não temos um prazo. E iremos devolver a Uana para a Santa Casa quando ela tiver condições de gerir sozinha”, adiantou. “Vamos ter a Uana na região central e manter a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na Zona Leste”, acrescentou.
No momento, o objetivo principal do prefeito é com a recuperação financeira da Santa Casa. E dentro desse processo, Paulo Silva voltou a destacar a necessidade de renegociar a dívida do hospital mogimiriano. Uma reunião ainda em novembro do ano passado foi realizada com a Caixa Econômica Federal, com quem a irmandade possui uma dívida de R$ 27 milhões. Uma comissão foi montada pelo governo municipal para tratar desta questão.
“Para reduzir o desembolso mensal, nossa meta é o prolongamento do pagamento e a redução dos juros”, apontou o prefeito. Porém, mais do que diminuir os gastos mensais, a Santa Casa precisa aumentar sua receita. Nesse sentido, o prefeito vê como medida fundamental a volta da Unimed para o hospital. Há 10 anos, a Unimed correspondia a 50% do faturamento da Santa Casa. “Hoje, a Santa Casa tem 100% do atendimento SUS. Precisamos da receita privada”, frisou. Ela já teve uma primeira conversa para essa finalidade com o ex-presidente da Unimed, o médico Raji Rezek Ajub.
Também como parte do projeto de aumentar a receita da Santa Casa, Paulo Silva articula com a Acimm (Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim), o lançamento de uma campanha que pretende mobilizar a sociedade para contribuir voluntariamente com a irmandade. Hoje, a única iniciativa deste tipo é através da fatura de água. “Isso tem dado R$ 4,700,00 por mês. É pouco”, ressaltou.