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Prefeitura: “bactéria é fruto da administração realizada antes da intervenção

“Não existe a possibilidade de mortes no hospital e nenhum paciente internado na Unidade de Terapia Intensiva possui tal bactéria”, enfatiza nota oficial

Publicado em 20/11/2019 às 03:40
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A Prefeitura de Mogi Mirim publicou nota nesta quarta-feira, dia 20, referente ao surgimento de uma bactéria na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Misericórdia, que está sob intervenção. 

Por meio do diretor técnico do hospital, o médico Vitor Augusto de Andrade, do infectologista João Paulo Grecco, da secretária de Saúde, Flávia Rossi, e de membros da equipe responsável pela intervenção, a Prefeitura se posicionou sobre a situação.

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“Não existe a possibilidade de mortes no hospital e nenhum paciente internado na Unidade de Terapia Intensiva possui tal bactéria. A rotina de trabalho, cirurgias, exames e todo tipo de procedimento realizado no dia a dia do hospital não está comprometido de maneira alguma”, alega a nota.

João Paulo Grecco explicou que bactérias estão espalhadas por todos os lugares, dentro ou não de um ambiente hospitalar. “Esse germe o qual foi identificado aqui (hospital) é um germe de solo, chamado acinetobacter, não é um germe criado aqui dentro, ele é encontrado no solo normalmente. Se nós fizéssemos cultura (exame que identifica o surgimento de bactérias) no solo em geral, como nas ruas e casas, iríamos encontrar esse germe, porque a bactéria está em todos os lugares”, explicou.

O infectologista disse ser possível detectar bactérias resistentes a antibióticos, mas que mesmo diante dessa situação, formas de tratamento são encontradas.

“Quando a gente fala em uma bactéria dessa caracterização é porque tratamos de uma bactéria que responde a poucos antibióticos, mas não significa que não há possibilidade de tratamento. Na verdade, conseguimos, guiados pela cultura, saber qual antibiótico combate essa bactéria e nós a tratamos de forma correta, com o medicamento que nós temos acesso dentro do hospital. Então, mundialmente, sabemos que o acinetobacter pode acometer pacientes internados dento dos hospitais, mas isso não é algo restrito a Mogi Mirim, existe em qualquer hospital”, alertou.

“INVERDADES”

A Prefeitura também procurou desmentir possíveis “inverdades” sobre mortes em decorrência da bactéria.

“Os profissionais destacaram que o aparecimento desta bactéria é fruto da administração realizada no hospital antes da intervenção da Prefeitura, provocada pelo uso indiscriminado e não racional de antibióticos, tornando o germe mais resistente, e somado à ausência dos exames de cultura. Contudo, a possibilidade de mortes ocorrerem dentro do hospital e a bactéria prejudicar todos os profissionais e pacientes que entram e saem da Santa Casa não se sustenta”, diz a nota.

“Atualmente nenhum paciente internado na nossa UTI está infectado por essa bactéria. A situação está sob controle, a população não precisa ficar alarmada com isso, pois existem muitas dúvidas e equívocos com relação à transmissão das informações. A população pode ficar tranquila, ninguém vai entrar aqui e pegar bactéria ou morrer. Não é para deixar de fazer cirurgia com medo de operar porque vai entrar no hospital e pegar bactéria, ou fazer algum tipo de exame”, reforçou.

“Foi falado em mortes, isso é uma inverdade. É um germe mais resistente, uma bactéria de possível controle. Isso gera um alarde que depois recai sobre nós, porque o paciente virá nos questionar com um dado que não é real. As pessoas precisam ter mais embasamento e responsabilidade de levantar uma coisa que agrava a situação. Provavelmente vão haver pessoas que deixam de procurar o hospital com medo de algo irreal, e isso é muito sério, isso sim tira vidas.”, completou João Paulo Grecco.


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