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PLANO SÃO PAULO

Paulo Silva descarta regredir para a fase vermelha devido ao cenário na cidade

Prefeito espera que Mogi Mirim permaneça na fase amarela e faz apelo para que a população tenha consciência da gravidade da situação

Publicado em 07/01/2021 às 05:21

(Foto: SilveiraJr. / Prefeitura)

O Governo do Estado fará nesta sexta-feira (8), a reclassificação das regiões do Estado no Plano São Paulo de flexibilização da quarentena. O anuncio será feito a partir das 12h45. Atualmente, apenas a região de Presidente Prudente está na fase vermelha, na qual somente podem funcionar os serviços considerados essenciais, como supermercados e farmácia.

As demais regiões do Estado estão na fase amarela, que permite a abertura de shoppings, bares, comércio de rua, academias, restaurantes, concessionárias, escritórios, eventos culturais e salões de beleza, mas com limite de 40% de sua capacidade e com horário de funcionamento restrito.

Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (7), o prefeito Paulo de Oliveira e Silva adiantou que irá acompanhar o que for decidido pelo governador João Dória. “Juridicamente, os prefeitos não podem contrariar as decisões do governador. Quem contrariou, foi levado para a Promotoria Pública”, frisou.

A expectativa, segundo Paulo Silva, é de que a região da DRS (Diretoria Regional de Saúde) de São João da Boa Vista, da qual Mogi Mirim faz parte, permaneça na fase amarela. E mesmo com a evolução no número de casos de Covid-19 no município e com o índice de ocupação hospitalar em UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) na casa de 77%, conforme boletim diário desta terça-feira, Paulo Silva garantiu que não irá promover maiores restrições.

 “Se ficarmos na fase amarela, vamos cumprir o que prevê a fase amarela. E o que teremos que fazer? Controlar a pandemia com maior rigidez. Temos que seguir com a prevenção, usando máscaras, fazendo o distanciamento e a higienização nas mãos. Esse é o apelo que faço para aqueles que ainda não entenderam a gravidade da situação”, apontou.

Para Paulo Silva, se não houver o comprometimento de toda a população, não há estrutura de saúde que suporte a busca por atendimento hospitalar. “Todos têm responsabilidades. É uma doença contagiosa, transmitida pelas vias aéreas. Esperamos pela vacina, mas mesmo assim, teremos que continuar nos protegendo e protegendo os demais”, reforçou.

Presente na coletiva, a Secretária Municipal de Saúde, Clara Alice Franco de Almeida, não esconde a preocupação com a elevação nos casos, que tende a aumentar ainda mais. “Podemos ter um pico neste mês, com as aglomerações das festas de fim de ano”, apontou. Pensando nisso, disse que, juntamente com demais secretários municipais, oficiou as autoridades estaduais para que o Governo do Estado reabra o Hospital de Campanha da Capital e evite enviar pacientes para o interior.

“Hoje (terça-feira) temos quatro pacientes de fora na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa. Outras cidades vivem a mesma situação. Nossa região não tem nenhum hospital estadual. Então, estamos pedindo para que São Paulo reabra o Hospital de Campanha. Porque, para onde irão nossos pacientes”, argumentou.

Todos os 10 leitos de UTI da Santa Casa estavam ocupados nesta terça-feira. Clara reforçou, porém, que há quatro leitos de UTI estratégicos, que somente são usados para casos extremamente necessários. “Ele é usado até que o paciente consiga uma vaga efetiva”, comentou.

Clara também está cobrando do Estado que articule com o Ministério da Saúde a habilitação de leitos de UTI que foram abertos durante a pandemia. Muitos deles ainda não foram habilitados e, por isso, são custeados pelo município. Por um leito de UTI Covis habilitado, há um repasse federal de R$ 1,6 mil de uso diário. Para um leito comum, o repasse é de R$ 400. “Não dá para o município ficar bancando”, citou.


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