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INOVAÇÃO

Médico guaçuano implanta método inovador em cirurgias torácicas

A cirurgia minimamente invasiva, como é chamada, é uma forma menos invasiva e, consequentemente, com recuperação mais ágil por parte do paciente

Publicado em 12/01/2020 às 05:14
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Médico Guilherme Dalle Vedove Barbosa, de Mogi Guaçu (Foto: Portal da Cidade Mogi Mirim)

O médico Guilherme Dalle Vedove Barbosa, de Mogi Guaçu, introduziu um método pioneiro em suas cirurgias torácicas para os tratamentos de câncer de pulmão e outras doenças infecciosas pulmonares. 

A cirurgia minimamente invasiva, como é chamada, é uma forma menos invasiva e, consequentemente, com recuperação mais rápida do paciente. Essa cirurgia, que acaba de chegar ao Brasil, já pode ser feita no Hospital São Francisco e Hospital Municipal “Dr. Tabajara Ramos”, em Mogi Guaçu, Hospital 22 de Outubro de Mogi Mirim e na Santa Casa de Itapira.

Guilherme Barbosa é médico na área de doenças do pulmão e conta com consultório em Mogi Guaçu. Cirurgias para corrigir qualquer tipo de problema no pulmão são muito parecidas como a do coração, com a “abertura do peito” e com estágio de recuperação prolongado, em muitas vezes extremamente dificultoso para o paciente.


Agora, a cirurgia passa a ser algo bem mais simples, com uma incisão de poucos centímetros e com a recuperação em poucos dias, o que leva o paciente, mesmo nos casos até complexos de cirurgias do pulmão, a voltar a ter uma rotina normal de atividades em duas semanas.

A primeira cirurgia do gênero foi realizada por ele em julho do ano passado. Guilherme Barbosa realizou esse procedimento na Santa Casa de Mogi Guaçu. Foi numa cirurgia de lobectomia pulmonar por videotoracoscopia.

Na ocasião foi feita a “retirada de parte do pulmão que contém um tumor, com o auxílio de pinças e grampeadores, inseridos através de três microincisões feitas no tórax do paciente, com ampla margem de segurança”.

A redução de trauma cirúrgico, da quantidade de drogas anestésicas administradas, de riscos de infecção e de tempo de permanência do paciente no hospital são vantagens nos métodos de tratamento.


Em uma cirurgia convencional para este tratamento, a incisão torácica pode atingir 15 centímetros, o paciente fica no mínimo dois dias na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e o período de recuperação no quarto é em média de sete dias.

A expertise nesse tipo de cirurgia foi conseguida através de um treinamento com o médico espanhol Diego Gonzalez-Rivas. Guilherme Barbosa, aliás, está em Shangai para mais uma fase do curso com Rivas.

“Esse avanço vem ao encontro da assistência ficar mais humanizada, fazer com que o tratamento seja um tratamento suportável, aliás, bem suportável. De uma forma muito simples a incisão era enorme e ficou pequena”, disse Barbosa.

Na América do Norte só oito cirurgiões fazem aderiram a essa técnica. “Fui para diversos países, em busca de aprimoramento, de informação, para poder desenvolver o método. Não é uma cirurgia nova, não foi criado nada novo, mas essa cirurgia foi repensada, através de um novo método”, enfatizou.



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