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HOJE DE MANHÃ

Após quase um mês parados, servidores terminam a greve

Categoria aceitou os 2% de reajuste, abono de R$ 1 mil e o cartão-alimentação de R$ 350

Publicado em 26/04/2022 às 13:27
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Após 29 dias de paralisação, a greve dos servidores municipais finalmente chegou ao fim na manhã desta terça-feira (26), após uma assembleia da categoria realizada no Espaço Cidadão, em frente ao gabinete do prefeito Paulo Silva (PDT). Foi a paralisação mais longa da história do serviço público municipal de Mogi Mirim.

Os grevistas acabaram aceitando os 2% de reajuste salarial, R$ 1 mil de abono em parcela única e cartão-alimentação no valor de R$ 350. A última reivindicação do Sinsep (Sindicato dos Servidores Municipais) eram R$ 400 de cartão-alimentação e, pelo menos, 7% de reajuste salarial.

Na semana passada e ontem, na Câmara Municipal, a mesma proposta de hoje já havia sido rejeitada pela categoria. “Foi um movimento espetacular, onde demonstramos união e a força do funcionalismo”, afirmou David Barone, presidente do Sinsep.

Ele reconhece que a greve é desgastante, tanto física como mentalmente. “Sem falar na pressão de familiares e o medo de não pôr comida na mesa ou perder o emprego”, acrescentou. Já o secretário municipal de Administração, Mauro Nunes Júnior, comemorou o fim da greve.

Ele disse que esse acordo só foi possível após a promessa da Prefeitura de não descontar os dias parados dos grevistas, desde que houvesse a reposição das horas não trabalhadas.

“Os servidores da Saúde, por exemplo, poderão repor os dias parados em campanhas de vacinação, inclusive aos sábados, assim como os agentes de trânsito. Faxineiras poderão entrar uma hora mais cedo e assim por diante. São ideias, sugestões que vamos apresentar de acordo com cada categoria”, explicou.

O prefeito Paulo Silva, que acompanhava a troca de mensagens pelo whatsapp entre Mauro Nunes e Barone a respeito da greve, também ficou aliviado com o fim do movimento. “Todos sabem que chegamos ao máximo do que poderia ser oferecido. Felizmente, os servidores e o Sindicato compreenderam a situação financeira da Prefeitura”, observou.

O prefeito salientou ainda que, com a reposição dos dias parados, as cestas básicas também voltarão a ser entregues normalmente. Nos 29 dias de greve, o Espaço Cidadão tornou-se a “2ª casa” dos grevistas.

Para a surpresa da administração, a cada nova assembleia, o Sinsep chegava a colocar, em média, 350 servidores nas manifestações, principalmente funcionários da Educação e Saúde. As passeatas dos grevistas também passaram a ser comum pelo centro da cidade, onde a maioria da população apoiava o movimento.


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