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PRODUTORES RURAIS

Tratoraço pede fim do reajuste do ICMS sobre produtos agropecuários

Movimento entregou ofício ao prefeito Paulo Silva pedindo apoio às reivindicações da categoria

Publicado em 07/01/2021 às 00:29
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Apesar do recuo do governador João Dória (PSDB) em relação ao reajuste do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre produtos agropecuários, em pelo menos 300 cidades do Estado houve manifestações de agricultores, na forma de “tratoraços”.

Em Mogi Mirim as manifestações começaram por volta das 7h30 em um posto de combustíveis às margens da SP-340, reunindo cerca de 70 veículos entre tratores, caminhões e caminhonetes. Pouco antes das 10h00 e sob forte calor, teve início o tratoraço que acabou no Espaço Cidadão.

Lá foi entregue um ofício dos agricultores ao prefeito Paulo de Oliveira e Silva (PDT), pedindo o apoio de pedetista às reivindicações da categoria. Em seu rápido discurso, o chefe do Executivo cumprimentou os manifestantes pela organização do evento e também prometeu que levará o ofício até o Palácio dos Bandeirantes.

Na próxima quarta-feira (13), Paulo Silva tem uma reunião agendada com o vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM). “Sei da importância da agricultura e pecuária para a economia do Mogi Mirim. Portanto, tudo o que for contra o produtor rural de nosso Município, lutarei ao lado de vocês”, externou o prefeito.

Carlos Antônio Pereira, regente-geral do Sindicato Rural de Mogi Mirim agradeceu o apoio de Paulo Silva, revelando que o movimento não vai parar até que o decreto de Dória seja inteiramente revogado. “Ainda falta o cancelamento da alíquota do diesel, leite, eletricidade e hortifruti”, ressaltou.

Ele revelou que já há planos de protestos para a frente da Alesp (Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo), Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), dentre outros locais da capital.

O deputado federal coronel Márcio Tadeu de Lemos (PSL), que esteve presente ao evento mogimiriano, chamou o governador paulista de covarde. “É um homem que bate e se esconde. Esse governador está desconectado da realidade do povo”, disparou.

TIRO NO PÉ

Outro parlamentar presente foi o deputado estadual major Dimas Meca Sampaio (PSL), que pediu aos agricultores para que cobrem dos seus representantes na Alesp uma postura contrária a do governador, afirmando que sempre foi contra o decreto de Dória.

“Ele (governador) deu um tiro no pé e para a nossa sorte, isso também vai retirá-lo da corrida presidencial de 2022”, prevê Meca. Para o peesselista, é difícil imaginar um governador aumenta impostos em detrimento do povo que já está sendo sacrificado pela pandemia.

“É uma canalhice o que está fazendo com a população paulista, principalmente com os agricultores. E o pior é que esses aumentos também impactam a população mais carente”, salientou. O secretário municipal de Agricultura, Oberdan Quaglio também apoiou o movimento dos agricultores e pondera que este não era o momento do governador aumentar impostos.

“Isso é uma insanidade de Dória. Espero que ele tenha um pouco de bom senso para voltar atrás”, concluiu.

 A Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo) também acusou o decreto de Dória de causar grandes impactos no agronegócio paulista, principalmente para os pequenos produtores rurais, que representam 78% do estado, assim como para a sociedade como um todo. Vale ressaltar que em Mogi Mirim, há 1,2 mil pequenas propriedades que produzem quase R$ 500 milhões.

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