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EMPRÉSTIMO

R$ 26 milhões: risco é se a base aliada der ouvido demais às redes sociais

É só lembrar que a base aliada decretou uma esperada derrota, porém mais dura do que se previa, no projeto de votação do Hospital Municipal

Publicado em 10/08/2019 às 06:40

Os fatos que antecedem à análise do projeto em que a Prefeitura de Mogi Mirim pede autorização da Câmara para emprestar R$ 26 milhões para obras de infraestrutura, às vésperas da campanha de reeleição de Carlos Nelson Bueno, são preocupantes. 

É só lembrar que a base aliada decretou uma esperada derrota, porém mais dura do que se previa, no projeto de votação para autorizar Carlos Nelson a construir um novo hospital, quando já se vivenciava a intervenção na Santa Casa.

A pressão naquele instante colocou vereadores numa exposição sobrenatural e preocupante, a ponto de alguns governistas mais extremistas se comportarem publicamente sobre um muro maior do que a Muralha da China, tamanho era o medo de um desgaste com a população.

Enquetes e mais enquetes, audiências públicas e tudo mais serviram sim para ouvir a população. Mas, para alguns vereadores, serviu principalmente como termômetro. Apoiar o projeto de Carlos Nelson àquela altura poderia significar morte antecipada na política.

Agora, a situação é um pouco diferente, embora o pedido de R$ 26 milhões seja assustador, porque os próximos prefeitos de Mogi Mirim herdarão um carnê interminável de um empréstimo que, em partes, contribuirá com o momento atual de Carlos Nelson.

Todos sabem que recapeamento asfáltico não dura por 20 anos.

De qualquer forma, é inegável alguns benefícios nos projetos remetidos para a Câmara, como a construção de unidades básicas de saúde, terminal de ônibus, etc. Mogi Mirim precisa avançar e, a exemplo de outras cidades da região, se não for por empréstimo, não existe milagre que resolva.

A pressão sobre os ombros dos vereadores começou a exercida pelas redes sociais. O medo é que a cada dia que passa, a pressão aumentará e o risco de uma rejeição ao projeto começa a existir se os vereadores não assumirem para si a decisão do que deve ser feito.

E não terceirizar com aquela velha desculpa que “o povo quis assim”, na tentativa de salvar a própria pele.


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