Foram 16 anos de distanciamento da política, desde que deixou a Prefeitura em dezembro de 2004. De lá para cá, Paulo de Oliveira e Silva não se desvencilhou das sentenças de cinco contas anuais rejeitadas pelo Tribunal de Contas, razão o que fez afastar compulsoriamente da política pela inelegibilidade de mais de oito anos.
Quando se repetia a exaustão que a condenação seria também um caminho sem volta para a aposentadoria política, Paulo Silva reescreveu sua própria história. Lançou-se candidato a prefeito e se tornou, numa eleição com oito candidatos, prefeito pela terceira vez, vencendo Carlos Nelson Bueno, que buscava a reeleição.
Paulo Silva assume a Prefeitura de Mogi Mirim nesta sexta-feira, dia 1º de janeiro de 2021, com a missão de encarar um novo momento da cidade, embora o discurso pareça, em partes, com o que o fez prefeito em 1996, quando se candidatou pela primeira vez.
Na campanha, Paulo Silva prometeu a exaustão que Mogi Mirim precisa retomar o processo de industrialização, algo que Paulo soube vender muito bem nos seus primeiros quatro anos de mandato, quando, ao lado do empresário Wilson Fernandes de Barros, atraiu grandes multinacionais, como Eaton, Luk e Sabó.
Paulo vem declarando que o objetivo é fazer com que a Prefeitura crie um novo distrito industrial, a exemplo do que ele fez em 1997, com a criação do distrito Luiz Torrani, às margens da SP-340. O desafio é atrair indústrias num momento em que o setor industrial está estrangulado pela crise econômica aguda.
Outra promessa de Paulo Silva é ampliar o atendimento nas unidades de saúde, com atendimento estendido. Para isso, precisará, sobretudo, ampliar o quadro de funcionários, ainda que as contratações ocorram via Consórcio Intermunicipal de Saúde.
Um discurso de Paulo que caiu por terra foi o que devolver a Santa Casa para a Irmandade. Ele queria reeditar a parceria que deu certo nos seus dois primeiros mandatos, quando a Santa Casa firmou um contrato de cogestão com o Município.
No entanto, Paulo admitiu ao Portal da Cidade que a Irmandade só assumirá o comando do hospital, que está sob intervenção judicial, quando estiver preparada para a missão. O discurso encobre uma realidade: sob o comando da Irmandade, a Santa Casa poderá perder quase todo o corpo clínico que a intervenção conseguiu atrair – com pagamentos em dias.
A posse de Paulo Silva, de sua vice-prefeita Maria Alice Mostardinha e dos 17 vereadores ocorre nesta sexta-feira, de forma presencial, mas, sem público. A solenidade vai acontecer às 16h00, no plenário da Câmara, e será presidida, conforme previsto no Regimento Interno, pelo vereador mais votado nas eleições de novembro de 2020, neste caso, a vereadora Sonia Regina Rodrigues.
Na sequência da posse, serão escolhidos o presidente da Casa de Leis e os demais membros da mesa diretora: 1º e 2 º vices-presidentes, 1º e 2º secretários, para o biênio 2021/2022.
Em virtude da pandemia do coronavírus e dos protocolos de segurança sanitária para evitar a contaminação da Covid-19, conforme previsto no edital de convocação n.º 01 de 2020, de sessão solene, o acesso e participação da solenidade serão restritos aos eleitos que poderão levar apenas um acompanhante.
Segundo o edital, será permitida a presença de um jornalista por órgão de imprensa, desde que previamente requerido o ingresso na Câmara para participação da sessão solene de posse.
O prefeito eleito Paulo Silva e a vice Maria Alice seguirão para a Estação Educação, onde recebem o cargo da ex-secretária de Negócios Jurídicos da Prefeitura, Adriana Tavares. O prefeito Carlos Nelson Bueno não deve participar da transmissão do cargo.
Vereadores que tomarão posse para o mandato 2021-2024
Ademir Souza Floretti Junior
Alexandre Cintra
Cinoê Duzo
Dirceu da Silva Paulino
Geraldo Vicente Bertanha
João Victor Coutinho Gasparini
Joelma Franco da Cunha
Lúcia Maria Ferreira Tenório
Luís Roberto Tavares
Luzia Cristina Cortes Nogueira
Mara Cristina Choquetta
Márcio Evandro Ribeiro
Marcos Antônio Franco
Marcos Paulo Segatti
Orivaldo Aparecido Magalhães
Sonia Regina Rodrigues
Tiago César Costa
