O secretário municipal de Governo, Massao Hito postou, na tarde desta sexta-feira, 1º de abril, um pedido de desculpas nas redes sociais após ele ter publicado um áudio, em um grupo privado, na quinta-feira (31) e que veio à tona por um vazamento, onde ele se referia aos servidores grevistas como “viúvas do Carlos Nelson”.
No mesmo áudio Massao diz que a greve é liderada pelas “viúvas” do ex-prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) que não teriam assimilado a derrota nas urnas, em 2020. Agora, Massao mudou de postura. Admite que usou termos infelizes e disse que gostaria de pedir desculpas a todas as pessoas que se sentiram, de alguma maneira, ofendidas.
“Quem me conhece sabe que isso não é da minha índole, da minha pessoa, mas em um grupo privado acabei falando o que não devia”, confessa. Repetiu o pedido de desculpas e foi enfático ao afirmar que respeita todos os servidores municipais.
No entanto, nesse mesmo vídeo, logo no início, ele diz que “mal saímos de uma pandemia e entramos em uma greve” o que, para alguns, significa que a paralisação dos servidores foi comparada por ele a uma doença grave!
Ainda no mesmo post, o secretário de Governo diz que torce para que Sinsep (Sindicado dos Servidores Públicos Municipais) e Prefeitura cheguem a um acordo e que, desta forma, as crianças possam retornar às escolas e que os postos de saúde possam voltar a atender à população.
REVOLTA
“Todos sairíamos ganhando”, enfatizou. Hoje mais cedo, em frente ao gabinete do prefeito Paulo Silva (PDT), o áudio de Massao era o assunto principal. Os servidores ficaram revoltados com o que classificam de falta de respeito e machismo por parte do secretário de Governo.
Todos, inclusive o Sindicato da categoria, cobravam uma retratação pública, o que acabou ocorrendo hoje, com esse vídeo. Massao, juntamente com o secretário de Administração, Mauro Nunes Júnior, vinham conduzindo as negociações com o Sindicato.
Alguns dias atrás, Massao chegou a deixar a mesa de negociação para falar com os grevistas. O resultado foi tenso e ele chegou a ser hostilizado. Agora, com o vazamento do áudio, não se sabe se ele continua na comissão da Prefeitura que acompanha a paralisação dos servidores.