Funcionários municipais reunidos em uma assembleia na noite desta segunda-feira, da sede do Sinsep (Sindicato dos Servidores Municipais) rejeitaram, por unanimidade, a proposta de 2% de reajuste salarial proposta pela Prefeitura.
No início deste mês, a categoria já havia refutado a proposta feira pelo governo Paulo Silva (PDT). Na mesma assembleia desta noite, os servidores aprovaram a decretação de “estado de greve”, que não chega a paralisar os serviços públicos, mas deixa essa possibilidade em aberto.
Nesta terça-feira (22), às 14h30, acontece uma audiência virtual de mediação entre Prefeitura e Sinsep no TRT 15 (Tribunal Regional do Trabalho). A administração municipal alega que além dos 2%, está oferecendo R$ 300 de vale-alimentação que, segundo os técnicos da administração, para quem ganha até R$ 3 mil, significará um reajuste salarial indireto bem maior do que o proposto.
O Governo Municipal também ampliou a isenção da cesta básica à mais de mil servidores e corrigirá o salário de quem recebe um valor menor do que o salário mínimo. O prefeito Paulo Silva ainda alega que qualquer reajuste acima dos 2% poderá desequilibrar as finanças do Município, além de “estourar” o limite prudencial da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que exige que os governantes não comprometam mais do que 51% do orçamento com a folha de pagamento.
Porém, para o Sinsep a proposta de reajuste de 2% é inaceitável, uma vez que não cobre sequer a inflação dos últimos 12 meses, que ultrapassou os 10,5%. Os sindicalistas alegam que cidades com as mesmas características financeiras de Mogi Mirim, como Itapira e Mogi Guaçu, concederam 11% aos servidores. Caso não haja acordo na audiência de mediação, uma greve da categoria poderá ser deflagrada ainda este mês.
