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SERVIDORES EM GREVE

Ameaça de corte da cesta básica revolta categoria

Grevistas também rejeitaram contraproposta da Prefeitura, que oferecia um abono de R$ 1 mil, mas mantinha o reajuste em 2%

Publicado em 18/04/2022 às 10:42
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Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (18), em frente ao gabinete da Prefeitura, os servidores recusaram, por aclamação geral, a contraproposta feita pela Administração Municipal para a categoria, que está em greve desde o último dia 29 de março.

Os grevistas rejeitaram o abono de R$ 1 mil em parcela única, além do vale alimentação de R$ 350. A nova contraproposta foi entregue no final da tarde de quarta-feira (15) e o Sinsep (Sindicato dos Servidores Municipais) ainda não havia colocado à apreciação da categoria, o que foi feito nesta manhã.

Os servidores presentes, cerca de 300, vaiaram a contraproposta, criticaram o abono e a ausência do prefeito Paulo Silva (PDT) na mesa de negociação. “Não queremos esmola, mas um reajuste salarial decente”, gritavam.

A Prefeitura também havia se comprometido a abonar as faltas dos funcionários que aderiram ao movimento. Porém, o assunto principal durante a assembleia foi a atitude da Administração em cortar a cesta básica dos servidores parados.

“Estão falando que vão cortar a cesta básica dos grevistas. Isso é espalhar terror para enfraquecer o movimento. Além do mais, não aceitaremos ameaças”, disparou o advogado do Sinsep, Alison Silva. Bastante emocionado e revoltado com a atitude do atual governo, ele ressaltou que estava surpreso com essa atitude da administração.

CONFIRMA

“Não imaginava que eles (governo) pudessem fazer um jogo tão baixo e vil”, desabafou. “Digam que descontarão os dias parados, mas não tirem o arroz com feijão da mesa dos trabalhadores”, completou.

Alison afirmou que, por meio de conversa pelo whatsApp, com o secretário municipal de Administração, Mauro Nunes Júnior, que teria confirmado a possibilidade de corte das cestas básicas aos grevistas. “Ele (Mauro) me disse na mensagem, que, caso o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) decidir em favor da categoria, a Prefeitura mandará entregar as cestas”, revelou.

Para o advogado, com essa atitude, a Prefeitura tenta enfraquecer o movimento, que já dura 21 dias. “No que depender do Sinsep, essas cestas jamais serão cortadas”, afirmou o advogado, prometendo encaminhar um ofício ao TRT 15, em Campinas, denunciando o que classifica de terrorismo e assédio moral.

O presidente do Sinsep, David Barone pediu para que todos os servidores que aderiram à greve compareçam nas próximas manifestações.


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