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ARTUR NOGUEIRA

Autor de assassinato de enfermeiras vai a júri popular

Maria de Souza Morais, 44, e Alessandra Francisca de Paula Barbosa, 41, trabalhavam na Santa Casa de Mogi Mirim e foram espancadas até a morte

Publicado em 16/03/2020 às 22:17

Maria de Souza Morais, 44, e Alessandra Francisca de Paula Barbosa, 41, trabalhavam na Santa Casa de Mogi Mirim e foram espancadas até a morte (Foto: Arquivo)

Na próxima segunda-feira (23), o ex-cuidador de idosos Mateus Campos Noronha, 29, acusado de matar duas auxiliares de enfermagem que trabalhavam na Santa Casa de Mogi Mirim, irá a júri popular no Fórum de Artur Nogueira.  

O crime aconteceu na noite do dia 13 de dezembro de 2018, na zona rural de Artur Nogueira. O julgamento está previsto para começar às 9h00. Na época do crime, o réu alegou que teve um surto psicótico, após fazer uso de cocaína.

Maria Sivoneide de Oliveira de Souza Morais, 44, Alessandra Francisca de Paula Barbosa, 41, foram brutalmente espancadas até a morte. Noronha ainda passou com o carro por cima dos corpos.

O réu conhecia Alessandra, por quem disse ser apaixonado. Ele também morava em Conchal e já havia trabalhado com ela em um asilo daquela cidade.

Na noite do crime, ele pediu carona até a rodoviária de Mogi Mirim. De lá, as vítimas seguiriam para a Santa Casa para começar mais um turno de trabalho.

Porém, na vicinal de terra que liga Conchal a Artur Nogueira, Noronha começou uma forte discussão com Alessandra.

Mesmo assim, ela conseguiu acalmá-lo e convencê-lo a se internar em uma clínica para dependentes químicos em Artur Nogueira. A própria Alessandra se ofereceu para levá-lo até o local. Aparentemente, ele concordou, mas, no meio do caminho, aconteceu a tragédia.

De repente ele começou a agredir as vítimas com socos e pontapés. Primeiro, deixou Alessandra inconsciente e depois partiu para cima de Maria. Em seguida, tirou-as do carro e continuou a barbárie.

BRUTALIDADE

Quando as duas ficaram imóveis, o homicida ainda passou com o carro por cima dos corpos. Após o crime, Noronha ainda se apoderou do Ford Fiesta de Alessandra e fugiu. Ele foi encontrado, horas depois, em uma estrada de terra no bairro rural da Bocaina, em Mogi Mirim, andando a esmo, apenas de cueca.

Ao ser abordado por uma patrulha a GCM (Guarda Civil Municipal), Noronha disse que havia sido assaltado, mas a história não convenceu os guardas municipais. Logo em seguida, acabou confessando o duplo assassinato e levou os GCMs até onde estava o carro.

Já os corpos de Maria e Alessandra foram encontrados por um agricultor, no bairro rural de Felipada, em Artur Nogueira, logo pela manhã. Noronha já tinha passagens pela polícia por violência contra a mulher, quando morava em São José do Rio Pardo, em 2017.

Já o crime de 2018 chocou toda a região pela brutalidade e covardia de Noronha. O caso ganhou as manchetes na mídia nacional, causando consternação, principalmente entre os colegas das auxiliares de enfermagem em Conchal e Mogi Mirim.


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