Portal da Cidade Mogi Mirim

MESTRE DE JIU-JITSU

Mogimiriano treina Forças de Segurança nos Emirados Árabes Unidos

Pedro do Amaral Raymundo, apesar de ter nascido no Rio, adotou Mogi Mirim de coração

Publicado em 27/05/2022 às 19:34

Quem vê Pedro do Amaral Raymundo pela primeira vez se engana com sua idade, pois com cara e jeito de adolescente, não aparenta os 45 anos recém-completados esta semana. Também, dificilmente, alguém poderia imaginar que esse carioca, advogado de formação e com alma mogimiriana, é um exímio lutador de jiu-jitsu e cujo emprego é treinar homens da Força de Segurança dos EAU (Emirados Árabes Unidos).

Em entrevista ao Portal da Cidade, Pedro contou que veio para Mogi Mirim na adolescência, no início dos anos de 1990, acompanhando a família. O pai, o médico urologista Antônio Carlos Raymundo, clinicou por muitos anos na cidade até falecer em 2017. “Nasci na cidade do Rio de Janeiro, mas considero Mogi Mirim como a minha casa”, confessa.

A paixão por artes marciais começou cedo, primeiro no judô, ainda no Rio, e depois pelo taekwondo, em Belo Horizonte (MG). Em Mogi Mirim foi apresentado pelo padrinho, o também médico Carlos Henrique Chiossi, ao mestre Orlando Saraiva, lenda vida do jiu-jitsu Nacional.

Depois disso, Pedro não parou mais de competir e crescer dentro dessa arte marcial. Considera Saraiva seu principal mentor e mestre, mas tem espaço no coração para outros mestres igualmente importantes em sua formação, como Ricardo Testai, da academia Gracie/Barra (RJ).

Tamanha dedicação trouxe bons frutos e em 2014, foi participar de uma seleção que estava recrutando professores brasileiros de jiu-jitsu para treinar as Forças de Segurança dos EAU. O teste foi em um hotel do Rio e Pedro passou de cara. Meses depois, ele já estava em Dubai com a mulher e os dois filhos.

Já está a quase 10 anos neste país do Golfo Pérsico onde já treinou, inclusive, homens da Guarda Presidencial. Eles (emiradenses) adoram os brasileiros, nosso País, nosso futebol e nosso jeito de ser. Estou muito bem adaptado e só tenho a agradecer aos EAU”, elogia o mestre. Aliás, segundo Pedro, 98% dos professores de jiu-jitsu no país árabe são brasileiros.

GUINNESS BOOK

Outra façanha de Pedro em terras estrangeiras foi ter o nome citado no Guinness Book (Livro dos Recordes), por ter sido um dos professores da maior aula de jiu-jitsu já ministrada no mundo, marca conquistada em 2015 com 2.722 alunos. Pedro é contratado da Palms Sports, que é a maior empresa de jiu-jitsu do mundo.

Agora, quando vem ao Brasil, Pedro treina com um novo mestre, Carlos Alberto Liperi, de Campinas, faixa vermelha e preta 7º grau de jiu-jitsu, sendo tricampeão panamericano, campeão brasileiro e medalhista de bronze mundial. “Tive muita sorte na vida, pois sempre treinei entre os melhores e aproveitei cada minuto”, emociona-se.

Liberi também já treinou Forças de Segurança e passa seus ensinamentos ao pupilo. Pedro admite que o jiu-jitsu era apenas um hobby em sua vida, tornando-se profissão a partir de seu crescimento dentro desse esporte. “Hoje, o hobby dele é a fotografia, especialmente de armas e aviões, outras de suas paixões.

De visita a Mogi Mirim, Pedro está aproveitando para rever os amigos e parentes, mas, em breve, retorna aos EAU para retomar seu trabalho. Porém, faz uma nova pausa entre novembro e dezembro, quando pretende assistir a Copa do Mundo em Doha, no Qatar, outro país da Península Arábica, vizinho aos EAU. “O Brasil vai ter uma torcida grande dos árabes nesta Copa”, antevê.


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