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JIU-JITSU

Ana Paula, talento mogimiriano de apenas 12 anos, é campeã brasileira

Atleta conquistou o título no último domingo, "finalizando" a adversária em apenas 30 segundos

Publicado em 21/07/2021 às 07:15

A mogimiriana Ana Paula Siqueira, de apenas 12 anos, sagrou-se campeã brasileira de Jiu-Jitsu, categoria infanto-juvenil pesadíssima (faixas laranja + verde), no último domingo (18). A atleta, que treina na Academia do Manara, em Mogi Guaçu, em virtude da boa colocação do ranking, já entrou diretamente na final da competição, disputada em São Paulo.

Ana Paula enfrentou Hirally Neves, também de 12 anos. “Em 30 segundos eu finalizei ela. Não dei chance”, explicou a lutadora, que na verdade venceu por nocaute técnico, pedido pelo juiz quando há risco à saúde do adversário.

Ainda se acostumando com o título, Ana Paulo é humilde ao descrever a sensação de ser campeã brasileira em sua categoria. “Ainda não me acostumei com isso. Mas é uma coisa que perseguia desde pequenina”, observa.

Em 2019, em entrevista ao Portal da Cidade, a atleta já falava de seus planos. Um deles, o campeonato brasileiro, já foi concretizado. Acabado esta competição, Ana Paula já treina para o Mundial de Jiu-Jitsu que será disputado no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, no final de novembro.

O pai da atleta, Paulo Siqueira, que também pratica essa luta marcial, explica que a filha terá uma “pedreira” pela frente, quando deve enfrentar atletas bem mais experientes. “Mas é assim que se aprende e reúne coragem para seguir lutando”, pondera.

Além do pai, que é seu exemplo, Ana Paula dedicou o título ao sansei Alexandre Manara, que a treina desde os nove anos. “São cinco dias por semana, duas horas e meia por dia de muito treino, preparação e lutas”, conta. Outra pessoa citada pela lutadora é a prima Jaqueline Siqueira, nutricionista e que cuida da alimentação da atleta.

SEM PATROCÍNIO

Recentemente, Ana Paula disputou o Sul Americano de Jiu-Jitsu, também em São Paulo, para ganhar experiência. Enfrentou atletas “medalhadas” e bem maiores. O pai garante que isso também faz parte do aprendizado e que será importante no Mundial.

Antes do título mundial, Ana Paula já havia ficado em 3º lugar no mundial da modalidade, disputado em 2019 no Ibirapuera, em São Paulo. Já em 2020, ficou com a medalha de bronze no campeonato brasileiro disputado em Caieiras, na Grande São Paulo, além de vários títulos regionais.

Agora, ela voltou a sonhar e bem mais alto. A meta da atleta é, um dia, conquistar o mundial. Porém, apesar do talento demonstrado nesses anos todos e das conquistas, Ana Paulo ainda não tem patrocinadores. O pai, que é pedreiro, banca tudo, viagens, acomodações e alimentação. Será que a Prefeitura não pode patrocinar esse jovem talento mogimiriano?


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