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PAIS E MÃES

Movimento quer o retorno facultativo das aulas presenciais

Grupo defende volta das aulas com ensino híbrido; petição será protocolada na Prefeitura e direcionada a Paulo Silva

Publicado em 20/01/2021 às 02:32

Pais querem a reabertura das escolas nas redes pública e privada

Uma petição com cerca de 600 assinaturas deve ser protocolado ainda nesta quarta-feira (20), na Prefeitura, pedindo o retorno facultativo das aulas presenciais em Mogi Mirim, tanto na rede pública – municipal e estadual – quanto na privada. Por ser facultativa a volta às aulas, a meta é estabelecer o ensino híbrido nas unidades escolas, ou seja, parte dos alunos estaria em sala de aula e outra em casa, sendo atendido coma aulas online.

Quem está à frente dessa iniciativa é um movimento de pais e mães de alunos, chamado de ‘Escolas Abertas de Mogi Mirim’. O grupo quer que o município siga o que foi estabelecido pelo Plano São Paulo em relação aos protocolos de segurança contra o coronavírus para o retorno das aulas presenciais.

Nas escolas estaduais, o Governo já definiu a volta a partir de 1º de fevereiro com medidas restritas nas unidades e redução de alunos presencialmente. Já as escolas municipais ficam a cargo da prefeitura municipal de cada cidade decidir em qual momento deverá ocorrer essa volta. 

Mogi Mirim havia anunciado a abertura das escolas da rede municipal no dia 8 de fevereiro, mas recuou da decisão depois que o prefeito Paulo de Oliveira e Silva, juntamente com os prefeitos Rodrigo Falsetti, de Mogi Guaçu; e Toninho Bellini, de Itapira, resolveram em decisão conjunta montar um comitê regional para analisar a volta às aulas, sem estabelecer uma data. 

O movimento, no entanto, defende o retorno com medidas restritas e redução de capacidade escolar, como prevê o Plano São Paulo. Pais e mães querem ter o direito da permissão de abertura das escolas, com a adoção do ensino híbrido. Assim, o pai que se sentir confortável, envia seu filho para a escola. Quem não estiver seguro, deixa o filho em casa, que continua estudando por meio das aulas online. 

Lançado via grupos de WhatsApp, o movimento conta com a adesão de mais de 250 pais. E com a petição circulando pelo Instagram, reuniram cerca de 600 assinaturas. “Precisamos de um posicionamento correto, nossos filhos precisam voltar às aulas, crianças com alteração de comportamento, adolescentes precisam de conhecimento, isso psicologicamente tem abalado demais quem depende do ensino. Perguntamos para várias mães e quase 95% delas concordam com a volta das aulas”, disse uma das mães que fazem parte deste movimento. 

Através dessa mobilização, os pais querem ser ouvidos quanto ao direito de reivindicar as aulas presenciais e seguindo todos os protocolos de segurança para que ocorra um retorno seguro. “Nem todos os alunos irão voltar já. Então, está favorável, porque não haverá riscos de aglomeração. Gostaríamos que o prefeito analisasse e fizesse valer a vontade da maioria”, apontou outro pai.

Há até quem questiona os procedimentos para combate à pandemia. “Está tudo aberto, bares, restaurante, comércio, menos a escola. Estão tirando o direito do aluno à educação. Tiveram 10 meses para se estruturarem”, desabafou uma mãe. “Os pais que pagam a escola particular têm o direito de reivindicar as aulas presenciais, até porque os protocolos de segurança já existem”, acrescentou outra.

De modo geral, o movimento entende que as crianças não podem mais ficar sem aulas, porque os pais com filho em idade escolar sabem o quanto isso está prejudicando eles. E esse tempo sem aulas presenciais vai fazer falta no resto da vida de cada um.

Além de se embalar no Plano São Paulo, o movimento também tem o amparo científico como apoio. Gabriela Murteira, médica pediatra, que faz parte do Médicos pela Educação, um grupo de pais e mães, e médicos que promovem discussões online sobre saúde mental e pandemia, disse que foi constatado que as crianças são menos susceptíveis ao Covid-19, contribuem menos para a transmissão da doença e estão com a saúde mental bastante afetada.

Segundo ela, a maioria das crianças é assintomática e, visivelmente, o professor não vai conseguir identificar que ela está doente para evitar uma possível transmissão, mesmo que raro. Mas como medida preventiva, deve se orientar e construir um inquérito de sintomas para identificar os membros da família do aluno que apresentam sinais indicativos da doença.

Ela ainda orienta aos gestores acompanharem as orientações e diretrizes de órgão de saúde e da educação, por exemplo, OMS e Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Trecho Saúde por escolasexponenciais.com.br.


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