Mogi Mirim perde Edson Andrade, ex-diretor da Monroe

Morreu na noite desta terça-feira, 28, o empresário Edson Andrade, que lutava contra um câncer. Edson foi diretor da Monroe em Mogi Mirim, hoje Tenneco, sendo fundamental para o desenvolvimento da companhia no país, e também atuou em outras frentes da cidade, como na Irmandade da Santa Casa.

Edson era especialista em desenvolvimento de negócios internacionais, especialmente na América Latina, Escandinávia e Estados Unidos, país que morou por alguns anos e onde foi CEO da Mangels (Rodas).

Chegou em Mogi Mirim em 1970, onde foi trabalhar na Monroe, que naquela época tinha apenas 180 funcionários e viria a se tornar uma das maiores companhias do setor. Foi na cidade que viria a conhecer sua futura esposa, Eliana Valeriano. Eles tiveram dois filhos: Gustavo e Juliana.

Edson foi muito bem sucedido no seu trabalho, atuando em países como Argentina, Estados Unidos e França. À frente da Monroe de Mogi Mirim recebeu o prêmio de executivo de marketing de 1981 pela ADVD. Também foi o vencedor do executivo/top de marketing do ano pela ADVD por uma segunda vez, em 2001, já pela empresa Busscar.

Ele participou do comitê que implantou o Mercosul e foi representante executivo da Monroe e da Mangels na Câmara de Comércio Brasil/EUA. Junto com o presidente Fernando Henrique Cardoso, implantou o pólo de exportação Brasil/México, proferindo inúmeras palestras voltadas ao setor automotivo, visitou mais de 25 países

CORINTIANO E SOFREDOR

Além do marketing, outra paixão de Edson Andrade era o Exército, onde fez o CPOR (Centros de Preparação de Oficiais da Reserva) e deixou a corporação como tenente de infantaria.

Edinho Andrade tinha outro grande amor: o Corinthians. Em 1977, quando o Timão encerrava um jejum de título de mais de duas décadas, Andrade abriu sua casa na Vila São José para os amigos, ricos e pobres, servindo um cardápio farto de comida e de bebida.

Nos últimos anos, também se aventurou na política, apoiando candidatos de centro-direita. Fez campanha para o ex-prefeito Gustavo Stupp, que mais tarde, tornou-se seu desafeto. Também se aliou a Ricardo Brandão. Pediu votos para o coronel Vanderlei Manuel de Oliveira, candidato a prefeito em 2016 e para o ex-presidente Jair Bolsonaro (2018).