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Pressão

Grevistas da Prefeitura "pressionam" vereadores para busca de maior reajuste

Dezenas de servidores lotaram a Câmara, na noite desta segunda-feira, antes da sessão para pedir ajuda para conseguirem mais do que 2% de aumento

Publicado em 26/04/2022 às 12:36
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Mais uma vez, as galerias da Câmara Municipal ficaram lotadas no início da sessão ordinária.

Na noite desta segunda-feira (25) os vereadores foram surpreendidos com a presença de maciça de servidores públicos municipais que estão em greve desde o último dia 29 de março, reivindicando maior percentual no índice de reajuste. A Prefeitura sugere 2% e o Sinsep (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais) querem 10%. 

No entanto, no decorrer das manifestações, entre uma contraproposta e outra, o sindicato já cedeu e pediu 7%, e aumento no cartão alimentação para R$ 400 e mantendo as propostas já feitas pela Administração, como o abono de R$ 1 mil em parcela única. 

O objetivo dos grevistas foi de "pressionar" os vereadores a ajudar na negociação com o prefeito Paulo Silva, alegando entre um discurso e outro que os Nobres Edis tem mais facilidade de ter contato com o chefe do executivo. Isso porque, desde o início do movimento grevista, não houve contato direto com o prefeito, e sim, uma reunião com secretários municipais, nos primeiros dias da paralisação. Após isso, as negociações se limitaram às audiências e protocolo de propostas e contrapropostas.

Antes do início da sessão ordinária, o presidente do Sinsep, David Barone e o advogado, Alisson Silva, e uma representante dos grevistas, a professora Fernanda Espezi, usaram a tribuna para solicitar apoio dos vereadores no movimento.

Por cerca de duas horas, houve discussão em torno do assunto e a maioria dos vereadores demonstraram ser favoráveis à reivindicação do funcionalismo, mas reforçaram que havia necessidade de conversas e diálogos entre as partes.

Na Câmara Municipal, há um projeto de Lei, enviado pelo prefeito Paulo Silva, pedindo autorização legislativa para concessão de reajuste salarial, ano base 2022, aos servidores ativos, inativos e pensionistas, de 2%, retroagindo seus efeitos a 1º de março.

No mês passado, os vereadores já aprovaram dois projetos que concedem benefícios aos servidores, além do reajuste, o cartão alimentação no valor de R$ 300,00 e ampliação de isenção ou redução de custos da cesta básica a um número maior de funcionários municipais.

Nesta terça-feira (25) os grevistas se reuniriam novamente para discutir a continuidade ou não da greve.


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